27 outubro 2007

 

Sequestrados II


Eu que ia citar um artigo do Pedro Sales (do Zero de Conduta) para fazer um post, vejo-me forçado a adiá-lo após ver um seu comentário no Spectrum. Este comentário traz o pior da esquerda portuguesa ao de cima: o boato, a insinuação, o ataque pessoal.

Parece que há quem tenha ouvido até à exaustão a história da qual o Party Program parece insistir em contar. Eu por acaso apenas tinha-a ouvido vagamente. Mas enquanto o post de um traz algo, o comentário do outro não traz nada. Manda a boca, pessoal, de muito mau tom, mas não comenta, não nega, não rectifica. Reage como se fosse parte de uma matilha, os do BE, mas também dos que "dão a cara" (em oposição a todos os outros que se presume andam de saco na cabeça).

Das matilhas partidárias (dos grupos maiores aos mais pequeninos), infelizmente a história não é nova e essa sim já ninguém a pode ouvir. Já a matilha dos que dá a cara, é mais interessante de explorar. A frontalidade que Sales afirma só faz lembrar a historieta que Santana Lopes sempre conta nas suas reaparições: que "está aqui de peito aberto". Invertendo o comentário do Sales, quem fosse mauzinho podia insinuar que, se calhar, há bloggers que têm interesse em dar a cara, para as suas carreiras, para os seus egos.

Não conheço o Pedro Sales pessoalmente, mas espero que tenha sido um deslize e não um "bichinho (...) que lhe roi o estômago", como em tempos me diagnosticaram (por ser supostamente anti-PCP). É que bichinhos no estômago deve ser algo muito mau...

Comments:
é uma visão bastante limitada, essa de que as pessoas que escrevem sob a capa do anonimato o fazem só para proteger as suas carreiras.

embora não seja muito difícil vir a saber quem é quem, a verdade é que o uso do anonimato impede uma série de a prioris sobre o anónimo.

posso escrever aqui valendo pelas ideias que exponho e não pelo que alguém possa saber da minha vida.
 
O debate feito no anonimato centra a discussão nas ideias e não nas pessoas, e isso é bom.

E é verdade que, infelizmente, ainda precisamos de usar um nome que não é o nosso para nos protegermos. A liberdade de expressão ainda está condicionada em muitas empresas, muitas instituições públicas, muitos partidos...

O anonimato só é reprovável quando é feito para incinuações. Aí, há que dar a cara.
Quanto às opiniões e ao debate político, social e cultural, acho bem que seja possível mostrar ou não a identidade. É menos uma condicionante para quem quer dar a sua opinião.

Eu, na blogosfera, sou anónimo e não peço desculpa por isso.

Hasta!
 
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