17 janeiro 2006
Sexo e desenvolvimento sustentável
Há conceitos que, tendo sido ignorados por muitos durante muito tempo, conseguiram ganhar fama inter-galáctica. Não é que o seu conteúdo seja claro, óbvio até. Não.
São conceitos que se dão a confusões e a interpretações tão variadas que é possível ter pessoas ou entidades tão díspares como os índios da Amazónia ou o Deutsche Bank a clamar a sua quota parte de contribuição à implementação dos mesmos.
É o caso do conceito de desenvolvimento sustentável. Tem tudo lá: a economia, o ambiente, o desenvolvimento, a escassez de recursos. Agora é combiná-los como der mais jeito.
A provar esta elasticidade de conceitos ocos está um exercício simples mas esclarecedor: fazer buscas no Google com a expressão “desenvolvimento sustentável” em português e em inglês. Os resultados são esmagadores: em português são mais de 1.550.000 hits, e em inglês mais de 48.400.000.
Mas para que a comparação tenha sentido, há que comparar com outros termos que se considerem ser ubíquos na Internet.
Eu escolhi o sexo.
Em Português, registei 10.800.000 hits e em inglês a módica quantia de 234.000.000 hits.
Resumindo e baralhando... se em inglês há "só" cerca de 5 vezes mais hits associados a sexo que ao "desenvolvimento sustentável", é em português que os números são esmagadores: nós temos 7 vezes mais sexo que desenvolvimento sustentável.
Valha-nos isso!
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