17 dezembro 2005

 

O novo exército global


A perturbar a legitimidade da OMC, manifestantes em Hong Kong enfrentam o gás pimenta e os bastões das forças da ordem.


Comments:
Nem mais nem menos, mas alem dos nosso gabinetes, dos laptops e dos wi-fis, ha o combate na rua. O banho no gas pimenta e o dancar entre os bastoes e os escudos fazem falta para sitiar os poderosos, para os fazer ver que estas citadelas em que se defendem sao frageis...
 
Interessante como estas conversas se entrecruzam, penso no post mais recente e no que se ai discute. Num mundo tao brutal e' natural que estejamos saturados da "violencia." Contudo, recusar essa arma por principio pode ter custos muito elevados.

Quando as policias do sistema ensaiam um massacre (Bloody Sunday por exemplo) para nos intimidar o que fazer? Escrever peticoes? Esperar por eleicoes (tantas vezes manipuladas)? Ou sair para as ruas com pedras nas maos? As vezes e preciso desrespeitar a ordem, os cordoes policiais, para dar a conhecer aos poderosos que nao respeitamos as regras deste sistema e que o mundo nao e deles e' nosso. As vezes e preciso pegar em armas quando temos uma arma apontada a cabeca. E isso ou ser morto...
 
A blogosfera pode e deve ser uma arma. Como a cantiga já o foi. Mas todas as lutas precisam de diferentes armas. Quais depende dos contextos. Veja-se o caso português: enquanto a esquerda andava de viola em punho, nas campanhas de alfabetização e acções como os SAAL e outros, o que andava a fazer a direita? Organizou-se nas Igrejas, queimou sedes de partidos de esquerda e preparou uma força militar, incluindo desviando aviões militares. Tudo no mais "puro interesse da democracia".
 
Gostava de apresentar ainda um outro exemplo. Uma das guerrilhas colombianas entrou, creio que nos anos 80, num processo de paz e depois de desarmamento, criando um movimento eleitoral. Foram perseguidos e muitos deles assassinados.
 
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