04 fevereiro 2008
No Country for Old Men (2007)
O desolado deserto texano é em 1980 um promontório para uma nova era. A lente torrada dos irmãos Coen prolonga-se nos desalinhados cowboys. As cenas fazem velozes visitas a motéis lavados em sangue, uns refúgios incompetentes. Apesar disso, o cenário é mais vasto e os protagonistas são uma geração inteira, porque este filme é uma parábola sobre uma nova violência e nova ambição a invadir os EUA. Os homens do passado, simbolizados pelo Xerife, são incapazes de travar o ânimo dos homens do presente, representados pelo filósofo assassino. Os jovens protagonistas têm duas certezas que não precisam de vocalizar: que vão vencer e que o milionário dólar é rei das vontades. O dólar não é imoral, é uma nova moralidade. É por ele que se mata e morre.
O texto deste filme, nos monólogos cansados do Xerife, questiona se a violência sem pudor não é repetida em todos os tempos. Ele sugere que o deserto sempre foi surpreendente e brutal e que nele homens envelhecem e desistem da incessante luta. Mas esse passado nunca nos é revelado para comparação. Esse passado existe no lamento de quem resgata forças para enfrentar o perigo e a mudança.
Esta América começou em 1980, idêntica no deserto e em Wall Street, com mortífera imaginação.
Comments:
<< Home
"Violence and mayhem ensue after a hunter stumbles upon some dead bodies, a stash of heroin and more than $2 million in cash near the Rio Grande"?
Seems mighty cool.
Está visto que tenho de ir ao cinema. Parece isnpirador.
Enviar um comentário
Seems mighty cool.
Está visto que tenho de ir ao cinema. Parece isnpirador.
<< Home
|
|
|
|