27 novembro 2007

 

Centros de (des)emprego


Quantidade e qualidade de emprego oferecida pelos centros de emprego é miserável. O IEFP não passa de uma empresa pública de trabalho precário.

"As ofertas de trabalho disponíveis nos centros de emprego têm uma remuneração de base média (antes de imposto e excluindo subsídios) de 516 euros. Os dados foram facultados ao DN pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e referem-se a 86% das 13 658 ofertas de trabalho a tempo inteiro existentes no final de Outubro, nas quais o nível salarial está previamente fixado (os empregadores não são obrigados a fazê-lo). Este salário pode depois ser negociado e chegar a níveis superiores. Mas, para todos os efeitos, aquela é a proposta salarial que os desempregados têm pela frente.

Se forem só tidas em conta as ofertas destinadas a dirigentes e quadros superiores, a remuneração média sobe pouco, para 635 euros. E o emprego mais bem remunerado que está disponível no IEFP tem um salário-base de 5000 euros. A oferta mais baixa corresponde ao salário mínimo, de 403 euros, sendo que em alguns sectores o patamar salarial é mais alto, fixado por convenção colectiva.

O ordenado médio das ofertas do IEFP situa-se 39% abaixo da remuneração de base média praticada em Portugal, que, segundo o Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério de Trabalho, se situava, no final de 2006, nos 840 euros."

(Manuel Esteves, in DN)

Comments:
basicamente, tens mais probabilidade de conseguir um melhor ordenado a procurar emprego por tua conta do que com a "ajuda" dos centros de emprego...
 
Este comentário foi removido pelo autor.
 
Em tempos o meu irmão, então apenas com um bacharelato em engenharia química, teve alguma dificuldade em arranjar emprego. Ao preencher o impresso do IEFP declarou que era engenheiro técnico e não havia quem o chamasse para entrevistas. Um dia soube que uma colega de politécnico conseguira emprego via Centro de Emprego, numa oferta a que ele não tivera acesso. A única diferença entre as habilitações dos dois é que ela pusera no impresso que era engenheira e não que era engenheira técnica. O facto não indica qualquer tentativa de fraude, pois desde há muito que muitas empresas pedem indistintamente engenheiros e engenheiros técnicos e por extensão a malta mete nos impressos que é engenheiro, a exemplo do que terá feito Sócrates. Na maioria das PME é de facto indiferente ter um engenheiro ou um engenheiro técnico, como o IEFP teria obrigação de saber. Pois ela foi chamada para entrevista, sendo colocada, e ele nem sequer foi avisado. E já agora, foi no IEFP de Torres Novas.
 
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