22 outubro 2007
Ausente catharsis
A meses dos Óscares os estúdios de Hollywood produzem os candidatos para 2008. A avaliar por In the Valley of Elah e Rendition escolheram a guerra no Iraque como o tema do ano. São filmes de detalhe a exibir as artes dramáticas do elenco, para agradar a críticos e render pouco nas bilheteiras. O que é que estes filmes nos dizem sobre a imaginação imperial?
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São histórias de homens. As mulheres estão presentes e potentes mas além ou aquém do conflito. Elas choram as mortes dos filhos e os desaparecimentos dos maridos, e movem a acção dramática, investigando, pressionando, conspirando, ainda que derradeiramente ineficazes para mudar o essencial. A guerra parece-lhes imune. A excepção é Meryl Streep que toma o papel de vilã, uma directora da CIA, a lembrar na pose empinada Hillary Clinton. No contraste, os homens estão absolutamente perdidos na engrenagem do conflito.
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Foi esquecido o Hollywood de Reagan e Rambo, do militarismo heróico e puro. É uma cinematografia da incerteza e da dúvida.
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