07 setembro 2007

 

Terrorismo Policial


Continuando (1,2,3,4,5) ainda o tema dos terrorismos policiais, já vi e revi o vídeo e não consigo compreender as reservas feitas por tantos.

Eu não sei se os rapazes em questão se fizerem algo de "mal". Não sei e não me interessa. Se sim é matéria de tribunal.

O que quer que tenha acontecido não justifica o arreio de porrada que se verificou. Se o polícia terá sido "provocado" (como alguns alegam) tal não é desculpa para "ser um rufia" e muito menos para ser não sei quantos contra um.

A polícia não se pode comportar assim no dito "estado de direito". Se há problemas resolve as coisas com calma, evitando confronto físico e deixa as matérias de facto para os tribunais (ao invés do correctivo policial defendido por muitos).

O problema é que provavelmente não podemos falar desse "estado de direito". Uma larga parte da população está sistematicamente sujeita a que lhe aconteça azares. De cair de uma escada a sair por uma janela. Da bala disparada para o ar atingir-lhe o cérebro. Ou ser simplesmente sistematicamente aterrorizada por uma série de bestas fardadas.

E eu lembro-me sempre do talhante (um homem enorme) que entrando na esquadra por uma multa de estacionamento e saiu de lá literalmente todo partido.

Comments:
O meu amigo samir compreenderá a minha posição ( já lhe disse a minha posição,tanto na caixa de comentários do referido post, como no post scriptum do post).

Não sei o que motivou tal brutalidade.
Mas assumo que a mesma foi violenta, talvez até demais. Pois um dos agredidos foi agredido por mais do que um elemento ( pelo que pude ver no video, pelo menos 5 policias bateram no mesmo civil!)o que não se pode considerar "defesa pessoal".
Já afirmei que condeno, tanto civis como forças de autoridade por abusos que pratiquem.
Como o meu amigo samir bem diz, em caso de crime perpetrado pelos ciis, cabria ao tribunal impor a pena a cumprir e não o livre arbitrio dos policias.

Mas também quando acontece serem bandos de incivilizados a destruir o património privado e/publico e por acaso um policia que faça esse giro se depare com essa situação e informa esses incivilizados para pararem, o que geralmente acontece é esse mesmo policia ser agredido selvagemente pelos membros do bando.
E nesses casos o que poderemos dizer dessa agressão?
Que o policia não faça o seu trabalho e informe esses "pessoas" que estão a serem incivilizados, ou pede reforços para o ajudarem a acabar com a selvajaria?

Percebo que seja dificil sabermos o que fazer e opinar nestas situações, pois ambas são degradantes.
Mas o que temos de fazer é incutir civilidade nos cidadãos e coe^rência, rigor e zelo ( não em excesso!)nas forças policiais.


abr...prof...
 
"Mas também quando acontece serem bandos de incivilizados a destruir o património privado e/publico e por acaso um policia que faça esse giro se depare com essa situação e informa esses incivilizados para pararem, o que geralmente acontece é esse mesmo policia ser agredido selvagemente pelos membros do bando."

Mas não é esse o caso como se percebe. O que vemos são agressões sucessivas e não nenhuma tentativa de imobilização.

Os "tantos" do meu post referiam-se mais aos comentarios que se seguiram ao teu post.
 
OK.
Percebi isso.

Quando abordei o "reverso da medalha", foi para tentar clarificar as posições que cada pessoa tem e opina sobre esta temática.
Para tentar equilibrar a balança neste tópico.
É claro que o que se vê naquele video é brutal .

Mas também temos de pensar quando acontece o contrário.
Aí seremos mais justos nas decisões.

Mas neste caso particular, é desagradavel e humilhante saber que se passou esta situação que nada vem dignificar uma força policial já de si pouco "amada" e envolta em vários "casos" deste género.


abr...prof...
 
Caro Profano,

Ao contrario do que dizes, nao e' nada dificil sabermos o que fazer e opinar nestas situações -- ha que denunciar e mostrar que nao aceitamos viver num pais onde a policia, em vez de nos defender, espanca-nos. Onde a GNR corta cabecas a quem esta a ser interrogado.

A Amnestia Internacional foi criada para denunciar os crimes cometidos pela policia fascista em Portugal. E desde entao nunca deixou de nos incluir nos seus relatorios sobre violacoes dos direitos humanos. Ja chega de inventar outros culpados.
 
Olá dolores...

[ Daqui a bocado quem leva porrada sou eu por tar a abusar da vossa paciencia e espaço :) ]

O que eu quis dizer, e talvez me tenha explicado mal, é que quando somos intervenientes nestes casos, muitas vezes temos sentimentos contraditórios.
Para exemplificar:
Se formos assaltados por um bando, se nos vandalizarem o carro ou a casa, se nos ofenderem ou agrediem, aí já iremos desejar que a policia nos "vingue";
Se por acaso formos a passear na rua e virmos a policia a bater num coitado qualquer ou quando assitimos ás "batalhas campais" entra claques e policia nos "futebois", onde são agredidas pessoas que nada têm a haver com esses confrotos, nesses casos criticamos (e bem!) a atitude policial. é nesse aspecto que existe a "tal" dualidade de critérios.

Mas como bem referes, existem ONGs que lutam para que os abusos cometidos pelas autoridades sejam publicitados para que cada vez mais diminuam até que não exist uma só pessoa que seja abusada pela "autoridade" de outros...

Mas mais ma vez venho dizer que condeno estes actos por parte da PSP ou outra força qualquer...



bjs
 
Começo a ficar farto da treta dos "disfuncionais", dos "não integrados" e outros palavrões para justificar apenas uma coisa, falta de educação e incapacidade de se comportarem em sociedade.
Outra treta são as ONG's, vi que chegasse para saber o que é a chulice completa desse tipo de agremiações, raras são as que se aproveitam.
Uma coisa é certa e sei de fonte segura, até por factos que sucederam comigo, vezes há em que os Agentes da PSP, olham para o lado, para evitarem uma carga de trabalhos, poderem ser agredidos, ter que comparecer numa série de actos burocráticos intermináveis, e no final ver os tais "disfuncionais" sair porta fora a rirem-se e a ameaçar.
Gente correcta e incorrecta há em todas as funções, agora classifcar todos pelo erro de um, francamente.
No dia em que um vós for cercado por um bando que os roube e espero que fiquem apenas por aí, talvez repensem esse militantismos feito de chavões.
 
Claro que sim, Sr. Pisca porque nós nunca fomos roubados, agredidos, intimidados.

Em Portugal (falo do que conheço melhor, certamente noutros sítios também) tudo o que não falta é o que está acima. Enganados pelos políticos, maltratados pelos patrões, sovados pela polícia, ameaçados por skinheads e de vez em quando ainda vai o larápio ao nosso bolso. Mais saco de pancada do que muitos portugueses já são é obra...

E acrescentando uma nota pessoal: dos vários problemas que tive com os chamados marginais, sempre houve a indiferença do mundo em geral e inclusivamente da polícia. Muitos dos que agora clamam a favor das sovas policiais são aqueles que olham para o lado noutras situações.

Quanto à subscrição da legalização dos esquadrões da morte pode assiná-la aqui:
www.matemnosatodos.pt
 
Não confunda velocidade com precipitação, fica-lhe mal e caso ainda não saiba distinguir é bom que comece a ponderar.
Nunca por nunca ser defenderia os tais "esquadrões", agora também já vi que vezes que chegasse, gente que se coloca logo à frente de qualquer camara de tv na "defesa dos desprotegidos", para obter os seus 5m de glória.
Não aplique chavões e ideias de catálogo às coisas que sucedem.
É por demais conhecida a história do "mata que roubou a carteira à senhora" e no segundo seguinte "malandro do policia que está a tratar mal o miudo"
Já vi esse filme e não pago para esse peditório.
Cada caso é um caso, e isoladamente existem razões para o que sucede, mas generalizar tudo para colar o chavão dê por onde der, aí tem outro nome, escolha
 
A forma como se olha para a policia em Portugal é das coisas mais bizarras a que alguma vez assisti...

Sempre que veem estes comentários sobre os perigos de ser polícia, e os infortunios que lhes sucedem, e as cargas de porradas que levam, fica a ideia de que ser policia é andar de um lado para o outro, talvez com um colega ao lado, a ver o que se passa. Tipo, justiceiro com autoridade. Que quando situacoes anómalas (atentados à propriedade privada e/ou pública) surgem, o polícia é suposto reagir como qualquer um de nós (acrescentando um cassetete e uma pistola). E esta lógica só leva a um resultado: a polícia toma contornos de um gang. É um gang rival, rival a todos outros gangs, mas um gang na mesma. Luta pelo território, estabelece autoridade, controla os seus interesses (no seu caso, o interesse será manter a ordem, e acabar com os outros gangs). E entao nao parece nada estranho, ou sequer reprovável, que este gang faca justica pelas suas proprias maos. Alguma coisa eles devem ter feito,... logo... ou os polícias temem pela sua seguranca, logo... cheque em branco para um bando de rufias.

E hao-de me dizer, mas é tao perigoso lá fora, meu Deus... Lisboa (sim, sou um centralista sem-vergonha), convencam-se, nao é o Rio de Janeiro, apesar de ter o Cristo lá de bracos abertos... é uma das capitais mais seguras da Europa (taxa de homícidio extremamente baixa, a taxa de actos de violencia igualmente baixa, a única coisa em que fica a perder é no tráfico de droga e em pequenos roubos).
 
"Classificar todos pelo erro de um". O problema é que não é um erro de um. É um erro de um hoje, foi um erro de um ontem, ou um erro de 5 ou 6 a baterem num gajo no chão no dia do vídeo. Relatos não faltam e estão frequentemente bem documentados. A não ser que se acredite na história das quedas ou que foram de entram ao cotovelo...

E essa história dos 5 minutos de fama não sei para o que é para aqui chamada. Perante a denúncia de um crime (espancar pessoas é crime, não é impor a lei) não percebo a enorme preocupação de assobiar para o lado.
 
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