11 setembro 2007
Somos os primeiros

A estratégia deste General é tanto militar (científica) como política (arte). Entregar a prazo o Iraque às polícias locais devidamente doutrinadas pelo exército Americano. Para isso é preciso identificar em cada região uma plausível elite e avalancar a sua ascensão ao poder. A ideia é simultaneamente geral e particular.
O que os Americanos não sabem é que os Portugueses têm prioridade sobre a abordagem. Um General António de Spínola há 40 anos incentivou o policiamento nativo e fortaleceu elites locais para manter o jugo colonial sobre a Guiné. Também não terá sido o Spínola o primeiro, dividir para conquistar está no manual do Sun Tzu, mas o precedente de um ajuda-nos a ler a artimanha do outro. É que enquanto a retórica apregoava a localidade da administração, a fantochada permitia a Spínola cometer a barbárie na "selva", incluindo contratar mercenários para assassinar Amílcar Cabral.
E tanto na Guiné como no Iraque, é fórmula que não funciona.
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