15 setembro 2007

 

Saúde ou falta dela

Comments:
Que se dirá dentro do PSD dessa cooperação entre uma Cãmara sua e Cuba...
 
Que se dirá dentro do PS dessa cooperação entre uma Câmara do país e Cuba!?
 
Terão os dois que estar caladinhos pois resulta da sua directa incapacidade de resolver os problemas de Portugal...
 
"Vila Real de Santo António teve maiorias alternadas entre CDU e PS de 1976 a 2005, tendo agora o primeiro executivo social-democrata.", assim termina a notícia do DN.
Temos agora mais um, CDU, que deve estar caladinho? |
 
Muito dificilmente poderá ser aceitável culpar uma autarquia pelas políticas de saúde do Estado Português.

É ao Centrão (de vez em quando ao CDS), os governos das últimas décadas, que se deve assacar responsabilidades.

Neste caso concreto, não vejo porque é que a CDU deva estar calada.
 
Porque é que a CDU não deu início ao processo quando foi maioria na autarquia?
 
As autarquias não têm competências na saúde essas são do poder central e acho muitíssimo mais importante que as autarquias - e os autarcas! - apertem o governo central na justa exigência de que o SNS continue universal, eficiente, perto da população e que acabem com as ignóbeis taxas que prejudicam principalmente os mais idosos e os que têm menos recursos.
 
Eu tenho um aluno italiano cujo pai foi, ha anos, encarregue do servico publico do cancro da mama em Milao. Em poucos meses, sem gastar dinheiro, organizou o servico e as listas de espera desapareceram. TODOS os medicos pressionaram para que ele fosse "promovido" porque ninguem tinha clientess particulares. Meses depois dele ter sido promovido as listas de espera eram outra vez enormes, para a alegria de todos, ate os administradores dos hospitais, que vltaram a poder alugar os bocos operatorios à privada.
 
Agora estou todo baralhado! Se as autarquias não têm competência na saúde, como pode a de VRSAntónio fazer um acordo de assistência médica com Cuba?
 
Onde andaram voces blogueiros ,comentadores,caes de caça e perdigueiros quando se anunciou a privatizaçao da saùde? Poucas vozes se levantaram, a voces nao vos ouvi de certeza,Voam baixinho como o crocodilo...
 
Ervanário: nesse aspecto, tens razão. As autarquias anteriores poderiam ter lançado o mesmo processo.

O problema é que isso não é realmente uma alternativa global para o sistema de saúde do país. E é aceitar a desresponsabilização do Estado pela saúde. (Era como se fôssemos pagar dinheiro extra ao Alberto João Jardim devido à nova lei do aborto.)

Ora imaginemos se punhamos toda a malta a voar para o Cuba ou onde se disponibilizasse tratamento e de qualidade.

O problema está num sector mal organizado, que do qual o privado saca milhões (das farmacêuticas, às farmácias,...), enquanto que os doentes nem sempre vêem o retorno. Com a agravante da oferta estar territorialmente bastante desequilibrada.

Parece-me irreal culpar qualquer autarquia (estou-me a borrifar para a cor partidária).
 
Samir,

Dás-me razão, mas a verdade é que não procurava por ela!!! A minha preocupação é apenas a forma como argumentas a tua oferta. Dás a entender que, no campo da saúde, o serviço público é sempre melhor que no duma economia de mercado, o que não é correcto........e sabes isso melhor do que ninguém.
Tu mesmo transcreves que "pessoas aguardavam operação há 6 ou 7 anos sem que o SN de Saúde....", o que é público; algo que não acontece nos EUA que é economia de mercado.
Quanto à cor partidária, isso são loisas lusas. Há médicos oftalmologistas cubanos a ensinar nas universidades americanas. Não me refiro a refugiados, fugitivos ou anti-Castro. Vêm por um ano lectivo ou dois, leccionam/exercem oftalmologia nas universidades/hospitais e depois regressam à ilha.
No outro dia, na NPR, o entrevistador perguntava a uma dessas "capacidades" cubanas: "Mas se você tem aqui nos EUA melhores condições de vida, porque quer regressar a Cuba?". Resposta: "Uma, por sou cubano; e outra.....o que entende por condições de vida"?
Samir, uma abraço daqui dum ilhéu que não pode regressar à sua ilha......não é médico.
 
Insisto que o sistema público é mais eficiente. E irei fazer um novo post para abordar o porquê.

Abraço,
 
Claro que um sistema público de saúde,para não dizer popular, é mais eficiente e melhor, mas não como o argumentaste.
 
Como é que o argumentei?
 
Primeiro, dizes que um SNS, o de Cuba, é melhor do que um de economia de mercado, o americano.
Depois, dizes que havia listas de espera, por 6 ou 7 anos no SNS, o português, algo que não acontece no americano.
Se não foi assim que argumentaste, ao menos foi assim que percebi. Também percebi, mas isso já percebi há muito tempo, que há um certo anti-americanismo primário neste blogue. Assim, vocês partem do princípio que isso está dividido em estados-nações, esquecendo o conceito de classe. Continuando assim, vão pecar nos vossos argumentos.
 
Nos EUA há gente que não tem "direito" a tratamento!!!

Obviamente que a questão das classes é fundamental. Mas se discutes modelos sensivelmente diferentes também é importante discutir países.

Sobre o anti-americanismo primrio, recuso a ideia.
 
Samir,
a)Diz-me o nome dessas pessoas que não têm direito a tratamento e amanhã mesmo levo-as aos melhores hospitais na áreas de Boston, e se não forem americanos mais bem tratados vão ser, sob a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
b)A classe não é fundamental............é determinante!
c)Não é com excepções e casos isolados que se denuncia ou se consciencializa os malefícios duma sociedade; nem muito menos é usando as mesmas armas da direita:"atirar areia para os olhos".
 
Pelo que dizes pelos vistos não é determinante nos Estados Unidos...
 
Não sei como chegaste à tua dedução, mas se foi porque eu citei "melhores hospitais", não te esqueças que há as clínicas privadas, as mais do que privadas e as reprivadas. Mesmo nos hospitais há quartinhos, quartos e quarteirões. Há horinhas de visita e horas de visita.
Claro que aqui a classe é determinante, mas ninguém fica por se tratar.
 
Entro tarde e a' bruta nesta conversa. E' mentira que quem quer tem tratamento nos hospitais americanos.

Sendo que e' proibido por lei nos EUA privar tratamento de urgencia a pacientes sem seguro, nao se entende por urgente doencas cronicas, que sao diga-se, doencas de classe. Conhece-se, tambem pelo NPR, que ha clinicas de apoio onde medicos tratam por uns meros cobres para por cobro a esta calamidade. Sabe-se igualmente que muitos sao os que perdem anos de vida, e qualidade de vida, porque nao podem se sujeitar 'as taxas hospitalares e as dividas que dai advem.

Eu ja tive que ir a uma urgencia e nao tinha seguro de saude, foram 500 dolares por me deixarem entrar e 20 por um calmante.
 
Amílcar,

Tenho experiências completamente contrárias à tua: sem seguros, meu filho nasceu de borla no Charlton Memorial Hospital, em Fall River, Mass. Curou-se duma infecção intestinal aos nove meses no General Hospital, em Boston. Minha filha, uma caso mais delicado, idem, idem, aspas, aspas (não divulgo por privacidade).
Se eu te for falar então dos meus velhotes, emergências, cirurgias, nem queiras saber.
Pagaste mesmo as 500 dólares ou ficaste a dever? Em que Estado?
Quanto ao facto de dizeres que é "mentira", dispenso comentários. Mas também dizes que é proibido por lei privar o tratamento, e julgo que está tudo dito, para quem quiser compreender.
 
Ops esquecia-me, qualquer doença crónica (facto) pode ser uma urgência (método). Julgo que foste bem claro para quem quiser ler entrelinhas.
 
Esta paga a conta. Deixei o cartao de credito antes de entrar sem saber quanto me ia custar, descobri dois meses depois quando recebi a conta no correio.

Nao sei os detalhes da tua situacao, se os teus pais e filhos tem acesso ao Medicare ou se estao ligados 'a tua apolice. Nao sei tambem quanto tiveste de pagar por essas intervencoes medicas.

Agora nao digas que a situacao e' confortavel para todos. Ha gente sem acesso 'a saude e contam-se em milhoes. Isto para fazerem dinheiro com a saude da malta.
 
a) GRRRRRRRRRR, desde quando se entrega cartão de crédito num hospital!!??!?!?!?! Essa malta faz milhões, juntamente com as companhias de medicamentos, laboratórios, etc e etc. O que eles recebem de nós não dá para encher uma cova dum dente deles, e "ladrão" que rouba a LADRAO tem mil anos de perdão.
Quando entramos num hospital precisamos de parecer mais miseráveis do que os de Victor Hugo e um bocadinhos ingénuos;
b)Eu não paguei nada e na altura nem sequer sabia o que era o Medicare. Nunca ouviste falar no "Wilburn"? É um tipo de "saco azul" que se encarrega de pagar essas coisas. Mas há mais: deixa os gajos mandarem as contas para as agências de crédito e aí é que vais gozar o prato.
c)Claro que não é confortável. Mas tenho mais medo dos preços dos medicamentos do que dos hospitais. Esses ainda nos recebem, mas aqueles não dão fiado. Já imaginaste um reformado o que tem que pagar por remédios?
 
Enviar um comentário

<< Home


   

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

   
   
Estou no Blog.com.pt