14 setembro 2007

 

Outra vez os pinguins?


Já se conhecia o Second Life, o mundo virtual que reproduz a banalidade do dia-a-dia e que permite aos participantes a escolha de identidade. Os altos podem ser baixos, os magros gordos e os homens mulheres. São mais de 4 milhões de assinantes, que complementam (ou substituem) os sucessos e insucessos da narrativa biólogica com a electrónica. Têm empregos, casas, companheiros em duplicado.

Chegou a vez dos mais pequenos com Club Penguin da fundamentalista Disney Corp. Por módicas quantias mensais, trimensais ou anuais os miúdos assumem um avatar pinguim. Mas o pinguim não é um pinguim, como o Bambie nao é um veado, e o Rei Leão nao é um leão. São gente mascarada de bicho para esconder uma moralidade que por ser envelhecida e deformada nos pode assustar. No mundo virtual os pinguins jogam arcade para ganhar dinheiro virtual, uma lição na economia de casino, e depois compram com os rendimentos comida, um iglo, e muita, muita, muita decoração para o lar e para o corpo, uma lição de consumo (ver mais aqui, e aqui).

O Club Penguin é bem pior que o Second Life: é disciplinar. Não há espaço de imaginação ou criação, serve para calar os putos de olhos presos no ecran e para lhes impor a violenta identidade de consumidor, um acumulador de tralha.

Comments:
...e os vestidos dos pinguins sao desenhados pela GAP, que faz publicidade escondida atraves deste website.
 
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