22 setembro 2007

 

Entidade hostil


“Uma chama no olhar e uma navalha nos dentes” com este slogan Ehud Barak, prenho de heroísmo militar, tomou o cargo de ministro de defesa. Israel está ainda a sarar feridas de um rol de acusações de corrupção e da derrota militar no Líbano no Verão de 2006. Barak promete a acção clandestina, a recordar a máxima de Sharon: “O que é que o povo israelita quer? Calma - e árabes mortos.”

Foi a intifada que rompeu a fortaleza israelita. Gaza cercada por forças armadas israelitas, vítima de embargo e negada ajuda internacional, sobrevive. Desse lado da muralha os árabes lutam sem descanso, no limiar do humano. Os israelitas respondem declarando Gaza uma “entidade hostil”, mais um termo como “enemy combatant” ou “collateral damage” que emancipa as bombas para matarem sem discriminar inimigo ou inocente.

Os árabes recusam ser esquecidos na calma da sua exterminação. Qassam e Katyusha são os oradores da revolta.

Comments:
Não te esqueças da gloriosa RPG-29, que pode ser carregado ao ombro e é capaz de desfazer o tanque mais armorizado do mundo (o Merkava 4, das FDI). Que o digam os infelizes que se atreveram a tentar ocupar o Sul do Líbano.
 
«armorizado», isto é, em bom português, blindado.
 
ups, tens razão. e eu que implico sempre com estas traduções "falsas amigas" ...

Já agora um complemento: a clássica rpg-7 também penetra um merkava, desde que atinja exactamente o mesmo ponto na armadura (blindagem?) duas vezes. Parece impossível? Não para os guerrilheiros do hezzbolah e do hamas que se especializaram neste truque.

A diferença na rpg 29 é que contém projécteis duplos, o primeiro despoleta a protecção activa da armadura , e o segundo penetra na zona fragilizada.

Mas a arma mais poderosa dos palestinianos é outra: uma média de 10 filhos por casal.
 
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