26 agosto 2007
Sua Magnânime e Augusta Excelência o Presidente
Há um (merecido) orgulho ianque na informalidade. Se está quente calçam sandálias e põe calções, nos e-mails estudiosamente eliminam os “Dears” e “Drs” e nos encontros o olá e o adeus é curto e sem cerimónia.
Mas a espontaneidade faz sombra sobre uma insistente ritualidade nacionalista, para a bandeira e para o hino há o respeitoso pesar e a assolapada paixão, repetidos sem desvio. E na política todo o acto público é cuidadosamente coreografado. O Washington Post revelou um manual redigido pela Casa Branca que dá instruções para a encenação de uma visita Presidencial. O enfoque está em abafar vozes de protesto. A principal técnica é a de criar uma barreira de apoiantes fervorosos que gritem mais alto, tenham mais cartazes, circundem os negativos com mensagens de apoio.
Se não é paradoxo é hipocrisia dizer que esta é uma sociedade aberta. Ainda que esteja aberta horizontalmente, verticalmente, entre níveis desiguais de poder as vozes não flúem.
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