09 agosto 2007
IVG minuto a minuto
Nas últimas semanas fiquei a saber quantos hospitais estão preparados para realizar IVGs, o orçamento de cada IVG, os soluços da Madeira e a intrigante notícia de hoje que afinal vai haver orçamento para IVGs na ilha (ninguém ainda disse que as iam fazer, mas que vai haver dinheiro, vai). Fetiche jornalístico ou o arrepiante chiar de engrenagens católicas anti-contraceptivas? Ou será que a coisa ainda mexe?
Um assunto que desde a altura do referendo deveria sair do domínio político e entrar no domínio da saúde, continua a ser arraial de praça pública e mesmo arma política. Porque na política ninguém parece ter interesse em fechar o caso. De um lado, alguns querem justificar a derrota no referendo com alguma prova de que "as coisas vão para pior". Que a política de silêncio e vai lá para Espanha tratar disso resolvia muito mais do que organizar um sistema de saúde. Um presidente que nunca se reveu na vitória e que alegremente instituiria protocolos e pré-aconselhamentos matrimoniais até à pessoa em causa começar a escolher infantários. Um governo que tão alegremente desperdiça um dos mais fortes momentos de crescimento da União Europeia para acertar défices e ainda ter margem de manobra para distribuir benesses antes das eleições. Para compensar, quer agradar a gregos e troianos e coloca-se na simples posição de executor da lei. A sua consciência, ninguém a conhece bem...
Se alguém se convenceu que era o fim do Circo depois do referendo, lá está, chapadão na cara que é para ver se aprendes. Agora está calado e deixa o pai conduzir.
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