14 agosto 2007
8,2 vezes mais ricos que os mais pobres
É este o fosso que separa os 20% mais ricos dos 20% mais pobres de Portugal. (E não 8,2% como a TSF publicitou grosseiramente).
Portugal é assim não só o país mais desigual da União Europeia mas também o país onde as desigualdades mais se acentuaram nos últimos anos.
Este é mesmo um país bom para se viver, não é?
Comments:
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a tsf entretanto corrigiu a notícia, que era uma citação da primeira página do jornal de notícias de hoje.
Acho espantosa a conclusão da noticia:
"A recessão e um subsequente período de fraco crescimento económico, acompanhado pelo maior agravamento da taxa de desemprego da União Europeia poderão explicar o recorde no fosso entre estes salários em Portugal"
Não tem nada que ver com os mecanismos de redistribuição, com as assimetrias de poder ou coisas do género...
é tudo muito natural e fruto da conjuntura... A recessão dá aumentos de 33% a uns e 5% a outros? Esta gente nem lê o que escreve...
"A recessão e um subsequente período de fraco crescimento económico, acompanhado pelo maior agravamento da taxa de desemprego da União Europeia poderão explicar o recorde no fosso entre estes salários em Portugal"
Não tem nada que ver com os mecanismos de redistribuição, com as assimetrias de poder ou coisas do género...
é tudo muito natural e fruto da conjuntura... A recessão dá aumentos de 33% a uns e 5% a outros? Esta gente nem lê o que escreve...
As 100 maiores fortunas em Portugal, entre 2006 e 2007, só subiram 35,8% em valor absoluto. Isto está difícil para todos. no publico de hoje.
Um factor de oito e' muito docil mesmo que comentado como o maior da Europa. A realidade é bem mais grotesca, bem mais desigual.
Estes números são só para ordenados, portanto só para assalariados excluindo os detentores de capital, mais, exclui rendimentos não salariais como ajudas de custos, opções accionistas, etc... (Além de que os mais probres não tendo emprego não têm salário e ficam fora da estatística.) A verdadeira medida será a riqueza e não o rendimento, e essa fica encoberta pelos 8,2 sejam 820% ou os errados 8,2%.
Estes números são só para ordenados, portanto só para assalariados excluindo os detentores de capital, mais, exclui rendimentos não salariais como ajudas de custos, opções accionistas, etc... (Além de que os mais probres não tendo emprego não têm salário e ficam fora da estatística.) A verdadeira medida será a riqueza e não o rendimento, e essa fica encoberta pelos 8,2 sejam 820% ou os errados 8,2%.
Mas vejamos:
O que é que é revolucionário, combater a desigualdade ou o "mais ou menos ser desigual?"
Combater para reduzir o fosso da desigualdade é uma coisa e combater para acabar com a desigualdade é outra muito diferente.
Ao apresentar-nos o tema com percentagens, estatísticas ou algo do género, este blogue novamente toma uma posição pequeno-burguesa:manter o ser humano numa sociedade estruturada em classes.
O que é que é revolucionário, combater a desigualdade ou o "mais ou menos ser desigual?"
Combater para reduzir o fosso da desigualdade é uma coisa e combater para acabar com a desigualdade é outra muito diferente.
Ao apresentar-nos o tema com percentagens, estatísticas ou algo do género, este blogue novamente toma uma posição pequeno-burguesa:manter o ser humano numa sociedade estruturada em classes.
E o disparate é reaccionário!
Que eu tenha lido, ninguém aqui elegeu a política de pedir mais uns tostões como a ideal.
Dito isto, não concordo com a ideia algo implícita no comentário anterior de quanto pior, melhor. Por esse ponto de vista qualquer luta sindical (salarial, por melhores condições de trabalho), por direitos como a educação, entre outras, seria desnecessária. "Pequeno-burguês" é quem se pode dar ao luxo de fazer uma luta sem sentir e reclamar com base no dia-a-dia das pessoas.
As estatísticas, desde que se saiba bem o que se anda a medir, são bem úteis nesse propósito.
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Que eu tenha lido, ninguém aqui elegeu a política de pedir mais uns tostões como a ideal.
Dito isto, não concordo com a ideia algo implícita no comentário anterior de quanto pior, melhor. Por esse ponto de vista qualquer luta sindical (salarial, por melhores condições de trabalho), por direitos como a educação, entre outras, seria desnecessária. "Pequeno-burguês" é quem se pode dar ao luxo de fazer uma luta sem sentir e reclamar com base no dia-a-dia das pessoas.
As estatísticas, desde que se saiba bem o que se anda a medir, são bem úteis nesse propósito.
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