07 julho 2007
Os democratas
Os lacaios empurram-se para justificar não haver referendo sobre um eventual tratado europeu. Agora é Freitas do Amaral que fala em perversões eleitorais ao DN. Ó Sr. Dr., olhe que a mim sempre me avisaram dos malefícios de quem muito se agacha. Sobe-lhe o sangue à cabeça, é claro, e não lhe há-de fazer bem à sua debilitada coluna (que já lhe valeu uma saída do governo).
Mas talvez as melhores declarações tenham pertencido a Sérgio Sousa Pinto (agora no Parlamento Europeu) também ao DN:
“O referendo só é um instrumento legítimo e adequado para as questões menores”.
“A realização de uma consulta popular tem de ser posta em linha com outros valores. Neste caso, o valor da importância da viabilização de um novo tratado europeu. Dou um exemplo concreto: num cenário em que todos os países se comprometessem a sacrificar o referendo à urgência da entrada em vigor de um novo tratado, então deveria ser evidente que Portugal deveria entrar nesse compromisso. Além do mais, um referendo é incompatível com a discussão de questões complexas. Os debates nos referendos rapidamente se tornam demagógicos. É também para essas questões complexas que existem os parlamentos.”
Resumindo, usamos os referendos quando vamos ganhar (ou para despachar batatas quentes). Alternativamente, usamos os parlamentos.
Uma vez mais o PS prepara-se para quebrar uma promessa feita antes de ter sido eleito governo. Provavelmente foi apenas mais uma eleição que se tornou demagógica…
(Declarações de Sérgio Sousa Pinto via zero de conduta)
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