20 julho 2007
Fazer esquecer a Palestina
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Apelar a enredos conspirativos é supérfluo para descrever como o jornalismo se casa com o poder. Basta fazer notícias do género: “Ele disse …, Ela disse…, Ele respondeu…” Chega exorcizar o espírito crítico e ler do papel oficial. É suficiente subscrever a história revista pelos assessores de imprensa.
Não é a história longa que se pede, é a história curta, a actual. Não esconder que a Fatah durante meses tentou (e conseguiu) assassinar líderes do Hamas, incluindo duas tentativas ao Primeiro-ministro eleito. Convém notar que Abbas demitiu o governo de unidade nacional e com a polícia palestiniana perseguiu o Hamas, e que foi só em resposta que o Hamas tomou controlo total de Gaza. O grande embaraço na Palestina não é que o Hamas esteja encurralado em Gaza mas que a Fatah tenha perdido controlo da região de forma tão rápida e definitiva. O grande escândalo é o desejo expresso de Abbas de realizar eleições sem o partido mais eleito no último plebiscito e seus directos adversários políticos, o Hamas.
O jornalismo está senil? O jornalismo está infantil? O jornalismo está imbecil?
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