03 junho 2007

 

Richard Stallman e Software Livre


O João Branco não só chamou-nos à atenção para a visita de Richard Stallman a Portugal, bem como aceitou o desafio de escrever algo sobre a questão do software livre. O resultado ajuda-nos a perceber uma das áreas-chave dos direitos intelectuais de propriedade:

"Richard Stallman é uma das figuras centrais do Software livre (Free Software). Na Wikipédia encontramos que um software é considerado como livre quando atende aos quatro tipos de liberdade para os utilizadores do software definidas pela Free Software Foundation:
• A liberdade para executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0);
• A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade nº 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
• A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2);
• A liberdade de aperfeiçoar o programa, e libertar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade nº 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;

Software livre é diferente de freeware. O primeiro significa que estas liberdades são garantidas (não implicando gratuidade ou ausência do aspecto comercial) e o segundo significa software distribuído gratuitamente. Também não deve ser confundido com "open source": apesar de este ser um requisito necessário, não é suficiente.

Richard Stallman esteve em Portugal (na FEUP e em Lisboa) para falar da 3ª revisão da Licença de Software Livre, uma licença de distribuição que garante os tais direitos. Esta revisão tenta impedir que, através de mecanismos de hardware, empresas contornem uma revisão anterior da mesma, "des-libertando" software que lhes chegou às mãos como livre (processo chamado tivolização)."

Este texto é a primeira parte de um artigo idealizado e escrito por João Branco.

Comments:
Resposta à postagem "serviços máximos":
. Vence e ganha mais terreno o medo
. Campaeia o anão
. Ganha a precariedade
. Vence o desdém por UM direito mais importante do trabalhador- a greve
. Vence a dualidade social típica :"ELES têm direito a fazer greve, mas não têm o direito de interferir com o MEU atraso ao MEU trabalho"
. e, claro...a inveja, já dizia Camões, mata o nosso País.
Abraços
Bioterra
 
erro, desculpa, campeia....
 
Abraco
 
O google apresentou esta semana um pacote de software que esta disponivel na web mas que se autonomiza para ser utilizado sem acesso a rede - processadores de texto, folhas de calculo etc... Pela categorizacao anterior sera um freeware, certo?

E' notoria a vontade do google de suplantar a microsoft num modelo novo: software pago com publicidade. E' tambem um regime comercial a bloquear a total autonomizacao do software. Mas sera esta autonomizacao um quimera, nao exige demasiado conhecimento tecnico aos utilizadores?
 
acho que a Google so' tera' interesse em cumprir a liberdade 0, por isso e' apenas freeware. Nao ira' cumprir os requisitos 1 e 3 porque o co'digo fonte certamente nao sera' distribuido.

A questao da publicidade ate' de certa forma e' tao pequena que nem se nota. Habituamo-nos a usar o Word e nem sequer suspeitar do facto de que estamos sempre a falar de Microsoft Word, e sempre a ver a palavra Microsoft no ecra. Qualquer producto que a Google lance vai seguir o mesmo principio. E' um bocado como conduzir um carro da Avis com o nome escrito na porta.
 
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