14 junho 2007

 

A morte saiu à rua


Foi o levar a expressão “trabalhar até morrer” à letra. A morte de uma professora gravemente afectada por uma leucemia e forçada a trabalhar veio reavivar tempos idos, em que se morria a trabalhar.

Outros casos pululam por aí, que (ainda) não fazem os cabeçalhos dos jornais: uma pessoa a quem a junta médica, perante a declaração médica atestando uma doença crónica incurável, lhe pergunta qual a esperança de vida que tem; outra, também professora, doente do coração desde jovem e que agora quase aos 60 anos foi considerada durante o ano lectivo inapta para trabalhar pela junta médica mas inapta para se reformar por outra junta.

Estes tempos que muitos julgavam estar ultrapassados estão aqui de novo, gritando que não podemos baixar os braços contra quem nos oprime. Contra quem vem exigir contenção mas dá reformas chorudas por dois anos de “trabalho” em conselhos de administração. Contra quem nos pede para trabalhar até mais não, mas se reforma antes da idade prevista.

Comments:
Junta medica ou carrascos?
 
É o que acontece quando se instala o discurso de que quem trabalha "Não quer é fazer nada...."
 
quem não trabalha, queres dizer.
 
feminine,
na verdade acho que o dizem de ambos. Afinal, acham só com a ameaça do desemprego conseguem manter os trabalhadores motivados...
 
tens razão. acham que por estarmos instáveis trabalhamos melhor para segurar o emprego que nos foge por entre os dedos.
 
Os resquicios de nazismo que começamos a encontrar nestes casos fazem-nos pensar para onde é que isto vai.
Nazismo não no aspecto militar ou nacionalista mas no controle totalitário das pessoas, sem regras, sem moral por um estado que em vez de cruzes suasticas ou supremacia de raças elege os deficits e a economia à custa das poupanças com os pobres e com aclasse média em via de extinção
 
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