09 junho 2007

 

Alguém pediu a dose do costume?


Spider Man 1, 2 e 3, X-Men 1, 2 e 3, Quarteto Fantástico 1 e 2, o regresso do Batman, o Superhomem também vem atrás, Piratas das Caraíbas 1, 2 e 3, Shrek 1, 2 e 3, Rocky 6, Ocean‘s 11, 12 e 13, Assalto ao Arranha Céus 4,…

Os custos de produção dos grandes Blockbusters chegaram a tais níveis que já é impossível arriscar em novos heróis. Usa-se a mesma formula quantas vezes for preciso até o público que assistiu ao primeiro filme (provavelmente o único de toda a série que ainda teria alguma qualidade) desista de seguir a telenovela mexicana que se inventa para prosseguir uma história que muitas vezes até já tinha um fim. Os piratas trocam os seus esqueletos por tentáculos, o Rocky volta depois de várias lesões cerebrais, e depois dos 50 (60?) anos, Bruce Willis combate terroristas que trocaram relógios de marca por laptops, e o Shrek,… o Shrek aparentemente tem de cumprir todos os clássicos dos contos de fadas antes de poder „viver feliz para sempre“. É triste mas são os Blockbusters que temos, aos heróis não é permitido o merecido sono eterno antes de terem um „flop“ de bilheteiras ou tornarem-se governadores na California.

Poder-se-ia dizer, „epá, vai ao Nimas“. Isso não é porém o fim dos meus problemas. Eu gosto do meu blockbusterzinho de fim-de-semana com uma sala de cinema cheia de telemóveis a tocar e sons de pipocas a estalar, ao ponto de não me aperceber que afinal à minha frente não se passa história nenhuma. Mas aparentemente até isso me querem tirar.

Prometem-nos qualidade se deixarmos as máquinas do dinheiro andar. Acho que Hollywood continua a servir lições de vida. O melhor que as máquinas do dinheiro sabem fazer é dinheiro. O resto vem por acréscimo. Parece que a máquina evoluiu e aprendeu com os seus erros. Nada de conceitos novos e surpresas na sala. O mesmo do que já conhecemos e não nos assusta, o mesmo que já tinhamos visto há uns tempos e gostávamos de voltar a ver. E assim passamos a ir para o cinema receber a dose. A do costume, pois com certeza…

Comments:
Para quê esses queixumes? os blockbusters sempre foram manhosos. Os Rockys, james bonds, filmes do errol flynn, john wayne, e tudo o vento levou. Acordaste agora?

Aqui ficam alguns bons filmes exibidos em salas lisboetas sem pipocas:

Não Digas a Ninguém
Atrás das Nuvens
Cenas de Natureza Sexual
A Outra Metade do Amor
O Véu Pintado
La Vie en Rose
Um Perfeito Estranho
O meu tio
Natureza Morta
Shortbus
As Vidas dos Outros
 
Pensava que com o comentário do Nimas tinha resolvido estas dúvidas...

O problema é que eu gosto de blockbusters. E nao, às vezes nao me apetece ir para uma sala de cinema ser violado pelo Von Trier, ou ter de me aguentar com os familiares do realizador que andam a fazer de figurantes. Também gosto desses filmes, mas uma pessoa nao se pode alimentar o tempo todo a lagosta (ou perceves). Eu gosto do meu bollycao, ter doce sem mais confusoes, chocolate, pao, pao, chocolate.

Por isso mesmo o facto de haver bons filmes (eu nunca disse que nao os havia), nao sacia a minha fome de blockbusters...

E nao é verdade que os blockbusters sempre foram manhosos... da tua lista nem mesmo o Rocky I é manhoso, é até um bom filme. Mas isto sao gostos, nao era isto que eu queria discutir. O que eu queria dizer, é: "O que se passa com os meus blockbusters?"
 
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