08 maio 2007
Os números que não contam
O Departamento de Estado Americano produz anualmente um relatório sobre o terrorismo mundial. Para 2006 revelou um aumento global de 29% no número de atentados. Na Europa e Eurásia estes diminuíram em 15%, na Ásia em 10%, na América em 5%. Quase metade dos ataques terroristas em 2006, foram executados no Iraque (6600 em 14000) conduzindo a 65% das vítimas do terrorismo mundial (13000). Foi um incremento anual de 91% de ataques no Iraque em um ano, e se somarmos um aumento de 50% de ataques no Afeganistão está contabilizado o aumento do terrorismo mundial.
Não são necessárias grandes artes estatísticas para verificar que o factor principal para o “terrorismo” é a ocupação de um país por tropas Americanas. Isso contudo, não os detém.
Os relatórios, estatísticas, e conferências de imprensa conferem um tom de solene racionalidade à política externa americana. Há especialistas com auras geniais sempre disponíveis, mas o governo não passa por eles. A ditadura dos especialistas será sempre uma quimera. Os intelectuais são servos do poder. Em matizes de palhaços a acrobatas, eles são uma diversão.
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