05 maio 2007
Mudar JÁ de vida
O jornalismo está na rua. O IndyMedia denuncia as agressões do 25 de Abril. E no 1 de Maio estreou um novo jornal popular: Mudar de Vida. Estes repórteres não têm carteira de jornalista, porque a verdade não é monopólio profissional. Alias é a revolta contra a “verdade” certificada que (n)os move. O jornal promete fomentar “a troca das experiências dos colectivos de trabalhadores dos agrupamentos cívicos, de qualquer país, com o fim de incentivar a resistência, a iniciativa própria, a auto-organização e o apoio mútuo sem fronteiras.” Não é jornalismo de sofá, é jornalismo para o movimento social.
A capa do número zero do jornal desmente as contabilidades governamentais que escondem o desemprego, notando que cerca de 10% dos portugueses activos estão sem emprego. Tem destaque neste número o despejo de quarenta e sete moradores em Bacelo, Freixo por ordem da Câmara Municipal do Porto. À comunidade de etnia cigana foi retirado o tecto para dar o lugar a um projectado hotel de luxo do Grupo Pestana. Uma reportagem sobre as condições de vida das trabalhadoras na indústria têxtil e de confecções no Vale do Ave revela o cataclismo da falência de várias empresas. Estas mulheres estão agora votadas à luta contra a indigência, multiplicando-se casos de emprego precário, pobreza encapotada e até prostituição. A tragédia social portuguesa não é a do folhetim televisivo, de opereta palaciana, é a silenciada destruição das vidas de quem trabalha.
O jornal conclui com um importante apelo à greve nacional de 30 de Maio. Se a produção não nos serve, paremos a produção.
Comments:
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filipe, acho que na distribuicao de rua e' pedido uma moeda (?), mas ha assinaturas de um ano, 12 numeros, a 15 euros.
nao tem web (vai ter), tem email em jornalmudardevida@gmail.com.
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nao tem web (vai ter), tem email em jornalmudardevida@gmail.com.
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