31 maio 2007
Balanço da greve
O Ministro das Finanças Teixeira dos Santos fez uma conferência de imprensa conjunta com João Figueiredo, secretário de estado da Administração Pública. Assunto: a greve na blogoesfera.
“A greve ficou muito aquém dos objectivos, tendo uma paralisação limitada, que tem pouco de greve geral. Veja-se o caso do blog Ladrões de bicicletas: estiveram a trabalhar todo o dia!”
(apesar de 86 % dos ladrões terem feito greve…)
Ver aqui declarações originais do ministro e do blog.
Comments:
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Caro Samir Machel,
Tenho de admitir que tiveste piada mas o teu comentário teria muito mais força se 86% fosse mesmo a percentagem de grevistas no país. Na verdade, o que parece é que tivemos 86% de não grevistas. E se assim foi, o Ministro tem razão nas declarações que fez.
Tenho de admitir que tiveste piada mas o teu comentário teria muito mais força se 86% fosse mesmo a percentagem de grevistas no país. Na verdade, o que parece é que tivemos 86% de não grevistas. E se assim foi, o Ministro tem razão nas declarações que fez.
Caro Pedro,
Tens razão no que diz respeito a greve. Infelizmente terá ficado muito aquém das expectativas. No entanto, tal não retira validade que a manipulação de dados é sempre extremamente infeliz. Por exemplo, que x escolas estiveram abertas, nada mencionando sobre os seus funcionários. Por isso, não acredito nalguns números ministeriáveis e lamento a pouca seriedade governamental.
Mais lamentável é uma tão grande campanha contra o próprio direito de greve. Constatamos a quantidade de pessoas que já não se sente a vontade para fazer greve ou mesmo sente-se financeiramente estrangulada. Basta ler os mais que suspeitos Público e DN. Podemos dizer raios e coriscos sobre os sindicatos, mas o que se passa neste momento é que a maioria dos trabalhadores se sente com uma corda a volta do pescoço. Entre os precários que NÃO podem fazer greve, os contratados com receio de não renovação e os próprios funcionários públicos com uma coisa chamada “quadro de disponíveis”. A isto eu chamo medo e não razão. É triste que após 48 anos de ditadura, voltemos ao tempo do medo da greve.
Samir
Tens razão no que diz respeito a greve. Infelizmente terá ficado muito aquém das expectativas. No entanto, tal não retira validade que a manipulação de dados é sempre extremamente infeliz. Por exemplo, que x escolas estiveram abertas, nada mencionando sobre os seus funcionários. Por isso, não acredito nalguns números ministeriáveis e lamento a pouca seriedade governamental.
Mais lamentável é uma tão grande campanha contra o próprio direito de greve. Constatamos a quantidade de pessoas que já não se sente a vontade para fazer greve ou mesmo sente-se financeiramente estrangulada. Basta ler os mais que suspeitos Público e DN. Podemos dizer raios e coriscos sobre os sindicatos, mas o que se passa neste momento é que a maioria dos trabalhadores se sente com uma corda a volta do pescoço. Entre os precários que NÃO podem fazer greve, os contratados com receio de não renovação e os próprios funcionários públicos com uma coisa chamada “quadro de disponíveis”. A isto eu chamo medo e não razão. É triste que após 48 anos de ditadura, voltemos ao tempo do medo da greve.
Samir
Escamotear do estrangulamento financeiro e a coação a que os trabalhadores portugueses estiveram sujeitos no dia 30 de Maio, é simplesmente deturpar a realidade. Eu acompanhei vários piquetes de greve e posso testemunhar que a maior parte dos trabalhadores estava solidário com a greve e reconhecia a justiça do protesto. É revoltante ver a situação de falta de liberdade que se vive actualmente em portugal. Foi perante esta revolta que coloquei um post com o que ia na alma no momento: "Não me obriguem a dar razão aos que defendem que só com armas e violência se pode mudar esta sociedade." mas a luta continua, as jornadas de luta continuarão e uma sociedade melhor há-de ser possivel.
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