22 maio 2007

 

Alvos fáceis, alvos difíceis


A alguns incomoda a decisão de Hugo Chavez de recusar renovação da licença da cadeia televisiva que mente e conspira para derrubar o governo eleito.

A mim incomoda-me a tentativa do Parlamento italiano de intimidar a RAI para não transmitir um documentário sobre os crimes sexuais da Igreja Católica.

Se a primeira decisão preocupa pelas vítimas de papel e tinteiro derramado, a segunda notícia revela a impunidade imposta de que goza uma religião, que não só corrompe a moralidade mas também os corpos.

Comments:
Ate' porque em Portugal temos o exemplo de uma comunicacao social que poe a classe poli'tica em xeque... sempre cri'tica e atenta.
 
A. Cabral,

Não gosto de usar a comparação nestes casos. Cada uma das situações merece atenção e critico ambas. Aliás, a situação na Venezuela já há muito que ultrapassou os limites de um mínimo Democrático.

Abraço,
 
Ricardo,

Tens toda a razao. A situacao da Venezuela ultrapassou vários limites democráticos.

Após 9 anos de governo e várias eleicoes, os legitimamente eleitos foram diariamente atacados nas televisoes privadas (o que nao equivale a serem livres), sofreram um golpe militar contra eles, e muitas mais tropelias.

Uma televisao que apoiou um golpe militar, que controlada por um dos senhores do status quo que manteve na miséria durante décadas os venezuelanos, nao me instiga nenhuma simpatia.

Por outro lado, é fundamental manter uma liberdade de imprensa total, mas para tal nao pode ser só uma liberdade de imprensa para os ricos, quer sejam os Cisneros, Berlusconi ou tais...
 
É preciso não confundir o conceito de democracia com o de sociedade com estruturação liberal. É comum indiferenciá-los sem que eles tenham qualquer relação de dependência. Na Venezuela, se o segundo é diariamente questionado, o primeiro continua a parecer-me inalterado..
 
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