13 abril 2007

 

Wall Street é moral?


A cotação da empresa Wal-Mart tem tido um comportamento depressivo, desceu 25%. O que não seria interessante se o Wal-Mart não fosse a maior empresa de distribuição do mundo, a bater recordes de lucros – 11 milhares de milhões (billions) de dólares este último ano passado.

A explicação para este paradoxo é Orwelliana. O Wal-Mart gasta milhões de dólares em sistemas de vigilância e de litigação dirigidos aos seus trabalhadores. O objectivo é impedir qualquer coligação sindical entre empregados ou denúncias a jornalistas das prácticas laborais. Estes “crimes legais” que convém ocultar incluem além de horas extraordinárias por remunerar, e arbitrariedade de funções, a recusa em fornecer seguro de saúde, aconselhando activamente os funcionários a inscrever-se no programa de seguro mínimo oferecido pelo governo federal Americano aos indigentes.

É danoso à imagem de uma companhia que este regime policial seja público. Mais desagradável aos investidores é que a paranóia se tenha estendido ao Conselho de administração, com alegações de que o C.E.O. H. Lee Scott Jr. tinha os seus colaboradores sobre escuta. Eis a justificação para a moralidade em Wall Street: que os trabalhadores, imigrantes, negros e idosos sejam aterrorizados pelo Big Brother, tudo bem, mas que a polícia se vire contra os nossos não pode ser, não é económico.



   

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