15 abril 2007
Quem tem medo de Hugo Chávez?
Ouvem-se muitos mitos e preconceitos (para não dizer mentiras) sobre a Venezuela e o governo de Chávez. São muitos os nomes que lhe chamam e as acusações que lhe dirigem, mas Hugo Chávez, na frente da revolução bolivariana, tem um apoio tremendo dos venezuelanos (já ganhou nove eleições e referendos em nove anos, cada vez com maior participação e votos a favor). Porque esta “revolução não vai ser televisionada” deixo aqui as minhas notas sobre o impacto da nova política venezuelana.
Sob a liderança de Chávez, a Venezuela é o primeiro grande produtor de petróleo a usar os lucros a favor dos mais pobres. Um dos países mais pobres da América do Sul, estima-se que tivesse 65% da população na pobreza em 1995, três anos antes da eleição de Chávez. Hoje, praticamente todos sabem ler e escrever e têm acesso a cuidados de saúde. Em cada bairro há um supermercado financiado pelo estado onde os preços são metade dos praticados pelos privados. O índice de pobreza foi reduzido para 38%, valores de 2005 da CIA.
O melhoramento da vida e a independência das mulheres foi um dos grandes alcances da nova Venezuela. Mães solteiras, com filhos pequenos, têm o direito a salário (são consideradas educadoras de infância) e podem pedir empréstimos a juros baixos em instituições que lhes são dedicadas. As donas de casa mais pobres recebem um salário correspondente a 170 euros. Apesar do que se diz, a maior parte dos meios de comunicação na Venezuela são contra Chávez. Estão nas mãos de Gustavo Cisneros, o Rupert Murdoch da América Latina, que apoiou e falhou na tentativa de derrubar o presidente em 2002. Foi o povo que salvou Chávez.
A revolução bolivariana corresponde à tentativa de estabelecer um poder regional contra o imperialismo estado-unidense na América Latina. E o “truque” do seu sucesso é simples: dar saúde, cultura e auto-estima às pessoas. Um novo mundo é possível, uma nova América Latina é necessária e merece o nosso apoio.
* O filme “The revolution will not be televised” dos irlandeses Kim Bartley e Donnacha O’Briain pode ser visto aqui.
Comments:
<< Home
Dar saúde, cultura e auto-estima às pessoas, pois, mais uma sonhadora.
E nao vale dar números da CIA, nao é uma organizacao isenta...
E nao vale dar números da CIA, nao é uma organizacao isenta...
Agora mais a sério.
É impressionante a capacidade de encaixe de Hugo Chavez face a perseguicao que lhe é movida pelas televisoes privadas (com a maiores audiencias pelo até há pouco tempo). Qualquer outro país dito democrático (sim, porque muito dos "democratas" nao consideram a Venezuela democracia, no mínimo cham-lhe musculada) nao permitiriam este tipo de confrontacao durante anos.
E por favor nao venham com a treta da liberdade de imprensa pois todos que conhecem os media sabem que só há liberdade para o jornalista agir quando o patrao deixa...
É impressionante a capacidade de encaixe de Hugo Chavez face a perseguicao que lhe é movida pelas televisoes privadas (com a maiores audiencias pelo até há pouco tempo). Qualquer outro país dito democrático (sim, porque muito dos "democratas" nao consideram a Venezuela democracia, no mínimo cham-lhe musculada) nao permitiriam este tipo de confrontacao durante anos.
E por favor nao venham com a treta da liberdade de imprensa pois todos que conhecem os media sabem que só há liberdade para o jornalista agir quando o patrao deixa...
Convido os camaradas a estarem presentes numa sessão de solidariedade com a Revolução Venezuelana.
Dia 28 de Abril, pelas 17 horas na Biblioteca-Museu República e Resistência - Rua alberto de Sousa, nº10 na Zona B dos Santos ao Rego (Lisboa)
Enviar um comentário
Dia 28 de Abril, pelas 17 horas na Biblioteca-Museu República e Resistência - Rua alberto de Sousa, nº10 na Zona B dos Santos ao Rego (Lisboa)
<< Home
|
|
|
|