27 abril 2007

 

Louro, de bico dourado...


Anteontem, houve uma actuação inaceitável da polícia, provocando o caos na Baixa. Os relatos de agressão chovem dos mais diversos meios, sendo que vários deles nem estariam sequer na manifestação. Na bordoada “democrática”, para além das prisões, muitas nódoas negras ou até mais do que isso, ficou manchada a memória de um dia que cada vez tem um significado mais longínquo.

A forma como a imprensa tem tratado o assunto é ainda mais assustador, embora infelizmente nada de novo. O Público cita Paula Monteiro, a porta-voz policial que sabe do seu ofício (vejam Jon Stewart em The Amazing Erase de 4/16/2007) e prejudica o que nós sabemos.



Já o DN cita fontes policiais para acusações bem mais escabrosas. Obviamente que culpa os manifestantes “identificados como indivíduos antiglobalização e de extrema-esquerda” de tudo e mais alguma coisa.

A jornalista incompetente ou de má-fé chama-se Graça Henriques. Já as fontes policiais não são identificadas, dando-se ao luxo de dizer as maiores barbaridades sem ser responsabilizadas. E ficamos com um amargo de boca a lembrar outros tempos.

Comments:
No dia em que grafitar montras e atirar tinta para peças de roupa em lojas passar impunemente estamos feitos. Há que distinguir entre liberdade e impunidade. Comparar estes actos, com as revoltas populares anteriores ao 25 de Abril é ofender quem lutou pela liberdade. A diferença de comportamento entre estes grupos de extrema esquerda e extrema direita esbate-se cada vez mais.
 
Caro viajante,

i) se se quiser punir quem fez determinado tipo de coisas há formas de o fazer. Outra coisa, é lancar cargas policiais sobre multidoes, dando porrada em toda gente.

ii) Se estes levaram uma catrefada de pancada por terem eventualmente pintado uma parede, o que dizer do seu "correctivo" proporcional aos que proporcionam miséria (Sócrates) ou guerras neste mundo (Bush). Pressuponho que defenderia a sua execucao sumária, nao???

iii) A última referencia dos outros tempos refere-se a falta de verdade dos media que só informam algumas coisas, ou simplesmente papagueiam o que lhes dizem.

iv) e ninguém detém o monópolio da liberdade...
 
O Público online associou imediatamente os "desordeiros" ao Não Apaguem a Memória. E os artigos do Público online nem sequer são assinados!

É vergonhoso ver o nosso Chiado convertido num campo de batalha da polícia de choque.
 
"indivíduos antiglobalização e de extrema-esquerda"!!!!

Como é possível!

Há pessoas asssim?

Se ao menos fossem pró-globalização e de extrema direita talvez o Público lhes desse um elogio...
 
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