27 abril 2007

 

Fotos exclusivas da manifestação do 25 de Abril


A resposta policial terá resultado "em mais agressões, agora já com disparos de very-lights e a preparação de cocktais Molotov" (in DN).

P.S: curioso, deve ser das primeiras vezes que uma manifestação acaba com very-lights e cocktails de molotov e nem sequer uma fotografia aparece nos jornais... deve ter sido na altura em que os jornalistas estavam a beber uma bica na Pastelaria Suiça...

Comments:
Eu gosto particularmente deste parágrafo: "Entre a cerca de centena e meia de pessoas que se concentraram no Rossio - já depois do habitual desfile do 25 de Abril na Avenida da Liberdade - viam-se sobretudo jovens, muitos deles rastas, outros negros."

A parte dos negros é alucinante. Já enviei um mail ao provedor do DN. Que raio de critério jornalístico é este????
 
Não posso deixar de estranhar a complacência e até a aprovação que alguns órgãos de comunicação social deram à carga policial violentíssima, que espancou indiscriminadamente pessoas que se manifestavam pacificamente contra o fascismo e outras que passavam simplesmente no local. Se acaso na manifestação participavam pessoas com atitudes violentas, tal não justificava uma repressão indiscriminada, que só tem paralelo com o que se fazia antes do 25 de Abril.
A atitude da polícia e de quem manda nela contrasta em absoluto com a benevolência com que toda a extrema-direita racista e fascista é habitualmente tratada.
Nos comunicados policiais e em boa parte da comunicação social, constato uma atitude absolutamente inadmissível. Rotulam-se os manifestantes de "anarquistas" (ou até de "extrema-esquerda"), concluindo-se implicitamente que são perigosos e devem levar pancada. Leio no comunicado da PSP que, entre os objectos apreendidos aos manifestantes, se encontrava "propaganda anarquista" !!! Leio e não acredito. Estes tipos andaram a tirar um curso na PIDE ou quê? Eu não sou anarquista, mas declaro que tenho em meu poder imensa propaganda anarquista. Uma velha colecção da “Batalha”. Agora voltou a ser proibido?
Esta tirada devia servir para ajudar a embrulhar os paus e as barras de ferro, que em mil e uma fotografias e vídeos divulgados, ainda não apareceram. Tudo isto faz-me lembrar os mais de 500 pretos do célebre “arrastão” de Carcavelos”. Quem anda nisto há uns tempos, sabe também que nesta coisas de reprimir manifestações dão muito jeito uns provocadores infiltrados para justificar as cargas policiais.
Tudo isto é um sinal muito preocupante do que vem aí. Primeiro levam os "anarquistas", depois a "extrema-esquerda", depois os "sindicalistas", depois os "desempregados" e os "disponíveis", mais tarde os "pretos" e os "ciganos" e se for preciso os jornalistas. Com a polícia a bater em quem passa, os jornais e as televisões no papo, que é que nos fica a faltar para termos um Estado policial, repressivo e censório, sob a capa da "democracia" e da "liberdade"?
 
Nem mais!
 
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