16 março 2007

 

Futurozinho deprimente II


Confirmou-se o receio. E não é que o programa é mesmo ruim?

As “belas” lá andaram na estreia super-produzidas, para depois serem vistas na casa que partilham com os “mestres”. A diferença foi brutal. Cadê a maquilhagem, a roupa curta e decotada? Eles de ar tímido ou rebarbado, consoante os casos.

Mas antes, ainda em estúdio, foram elas sujeitas ao "grande" teste: mostravam-lhes fotografias de várias pessoas conhecidas internacionalmente (Gorbatchov, Fidel, etc.), que invariavelmente desconheciam. Ah, mas eis que há uma pequena que sabe: são os Beatles! “A rapariga acertou, valha-nos isso!”, pensei antes do tempo. Antes do tempo, pois claro. Antes do apresentador perguntar-lhe o que é que ela estaria a fazer ali. Sim, mulher com mais que um neurónio não pertence ali.

É esta a lógica: desvaloriza-se as mulheres, resumindo-as a um objecto sexual que carece de ensinamento por parte do macho. Fomenta-se o preconceito, a discriminação, o desprezo. Para o produtor, não. Que isto ajuda a desfazer os mitos, os preconceitos, pois é tudo puro divertimento, diz ele.
Entretanto, a Comissão para a Igualdade dos Direitos das Mulheres pondera apresentar uma queixa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Só espero que não demorem muito a fazê-lo. Sigam o exemplo das congéneres espanholas que acabaram com o anúncio de Dolce & Gabbana.



   

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