27 março 2007

 

Elementary, my dear Watson


Finalmente a Fundação Champalimaud encontrou uma personagem negra à altura para presidir ao seu conselho científico. Laureado com o Prémio Nobel, o ilustre Dr. Watson deve boa parte da sua descoberta da estrutura do DNA a análises de raios-X roubados (não, nem sequer ponho aspas) de uma outra cientista, Rosalind Franklin. Esta viria a morrer de cancro em 1958, deixando o caminho livre (sem outros candidatos de relevo) para a equipa Watson-Crick.

Desde então tem vindo o Dr. Watson a presentear-nos com algumas das maiores pérolas da eugenia moderna. A prática do aborto poderia ser usada para acabar com os 10% "geneticamente estúpidos" da população mundial, as meninas poderiam ser condicionadas para serem bonitas (acabar com os narizes tortos, verrugas despropositadas ou mesmo cabelos oleosos), e se o tal malfadado gene da "homossexualidade" fosse descoberto, aí haveria um problema a menos (embora aposte que só os homens seriam considerados, porque pelo sorriso deste senhor e o seu amor por meninas bonitas, ele não iria prescindir dos seus clássicos "Lésbicas na Califórnia III" e "Donas de Casa Atrevidas - o regresso do Espanador").

Não falando dos seus comentários ocasionais contra obesos, negros, judeus, etc, etc... que eventualmente deveriam ter os seus números reduzidos...

A ciência em boas mãos.

Comments:
personagem assustadora que desconhecia por completo...
 
não assusta só a personagem como o facto de ir presidir ao conselho científico da Fundação Champalimaud.

nós cá estaremos para ver daqui a uns anos as prioridades de investigação científica que a fundação se proporá financiar.
 
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