03 fevereiro 2007
O argumento feminista do não
A maioria dos activistas do não é contra o planeamento familiar, o uso do preservativo e de outros contraceptivos. Há inclusivamente quem diga abertamente que é contra a possibilidade de outros (as mulheres) abortarem em casos de violação.
No entanto, e apesar do seu monolitismo, o seu argumentário é fértil em imaginação. Argumentos para todo o gosto tentam atingir grupos e sensibilidades diferentes com o objectivo de causar uma dúvida razoável de forma a que, pelo menos, se não se votar "não", também não se vote sim.
Um dos mais curiosos refere-se ao aspecto feminista da coisa. A mulher sujeita à opressão masculina do patrão, do pai e do empregador para abortar, refugia-se no seio protector da lei que diz que o aborto é proibido. Com a liberalização, esse último recurso protector caduca e esta encontra-se indefesa perante o mundo.
Porque neste Portugal do aborto-crime não há mulheres que sejam despedidas por estarem grávidas, por saírem a horas, ou simplesmente por serem mulheres. Conhece-se a solução do BCP pré-Milennium que simplesmente não contratava mulheres para resolver o problema.
Como se a regulamentação actual do aborto fosse a solução e não o capitalismo e o patriarcado o problema.
Comments:
<< Home
Não é só com este pseudo-feminismo que o "não" lança a confusão.
O "não" assume um discurso que se tem afastado ligeiramente do de 1998. O argumentário é o mesmo, mas há requintes: fala-se nos direitos das mulheres enquanto se lhe proíbe o controlo do seu próprio corpo; fala-se no humanismo do "não", que pactua com a perseguição das mulheres; fala-se de ser moderno, enquanto se tenta chegar às pessoas recorrendo a métodos manipuladores e violentos.
Com este novo vocabulário, não posso deixar de recordar o "Gato Fedorento" de ontem, onde o "jornalista" estranha a posição do CDS sobre o aborto pois é raro ver um partido de direita apoiar nacionalizações. Neste caso, a das barrigas das mulheres.
O "não" assume um discurso que se tem afastado ligeiramente do de 1998. O argumentário é o mesmo, mas há requintes: fala-se nos direitos das mulheres enquanto se lhe proíbe o controlo do seu próprio corpo; fala-se no humanismo do "não", que pactua com a perseguição das mulheres; fala-se de ser moderno, enquanto se tenta chegar às pessoas recorrendo a métodos manipuladores e violentos.
Com este novo vocabulário, não posso deixar de recordar o "Gato Fedorento" de ontem, onde o "jornalista" estranha a posição do CDS sobre o aborto pois é raro ver um partido de direita apoiar nacionalizações. Neste caso, a das barrigas das mulheres.
Uns dos grandes problemas de quem defende" o Não", é que defendem a vida humana enquanto está no ventre da mãe, mas depois vira a cara ás crianças que pedem na rua.Pois parece que só interessa defender e proteger quem ainda não nasceu.
Outro dos probblemas é que estas "senhoras" tambem se tiverem uma gravidez indesejada, como têm posses, vão de "férias" a Badajoz, só queinvés de virem carregadas com caramelos,vêm por sua vez mais aliviaditas de "carga".
Enviar um comentário
Outro dos probblemas é que estas "senhoras" tambem se tiverem uma gravidez indesejada, como têm posses, vão de "férias" a Badajoz, só queinvés de virem carregadas com caramelos,vêm por sua vez mais aliviaditas de "carga".
<< Home
|
|
|
|