25 fevereiro 2007

 

Despertado pelo invasor


A secção “No Comment” do canal Euronews, exibe jeeps militares a percorrer anónimas ruas do médio oriente. Nas esquinas curvados, jovens lançam pedras aos blindados. A legenda dispensa-se, os homens das pedras são Palestinianos e dentro da couraça à prova de bala armados com calibre pesado estão Israelitas. As ruas são de Nablus na Cisjordânia. Eu acordei com as notícias às 10 da manhã: os palestinianos foram despertados pela incursão no início da noite. Eu dormi, eles não. O terror que este povo vive é tão longe da minha afluente segurança.

O ataque faz-se com a justificação do costume: o direito israelita à auto-defesa. Israel não identifica que grupos procura nem dá provas de incriminação. Israel invade com uma arrogância moral assente no silêncio do mundo. No momento em que um governo de unidade nacional fez tréguas entre a Fatah e o Hamas, e a negociação de paz foi barrada por Israel, esta é mais uma humilhação à autoridade palestiniana. Se Israel não reconhece as fronteiras da Palestina, ou a autoridade policial do seu Estado, então porque haverá o Hamas de reconhecer Israel?



   

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