11 janeiro 2007
Que bom que é fazer planos…
Hoje vejo um país cheio de planos públicos e privados, e são todos conspirativos. Em cada plano está um exercício de manipulação onde o alvo real nunca é o anunciado. O Plano Tecnológico que formalmente pretende desenvolver o país, perpetua-se como um plano de planos, sempre espectacular e de actos efémeros. As areias que o Instituto da Água despeja em S. João da Caparica para impedir que as pessoas entrem no mar e não, como declara, para impedir o mar de entrar nas casas. Todo o plano se contradiz.
Conspirar é um prato de notável sabor e sustento. É prato que pede café num tasco de luz trémula, ou uma imperial numa esplanada de grandes vistas. E o seu prazer é na totalidade, proveito do momento.
Planear serve bem para quando nada parece possível, e vai adiando o desespero. Planear serve bem para adiar a vontade, sempre por chegar.
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