12 dezembro 2006

 

A rua islâmica é democrática!


Mais de um milhão e quinhentas mil pessoas juntaram-se no centro de Beirute, num protesto que já dura há dez dias e que continua em crescendo. A cidade está paralisada e a massa de gente é tal que quem tenta juntar-se aos manifestantes já só consegue ficar a mais de um quilómetro do centro. Mas mesmo à distância, eles juntam-se à voz da tribuna contra o governo libanês e seus amigos ocidentais. Os ministros, entretanto, apertam-se no gabinete do chefe de governo e o embaixador americano está há dois dias refugiado na residência do comando das forças militares libanesas.

O país mergulha numa dívida pública que cresce a um ritmo astronómico, impostos e taxas não param de aumentar, a inflação é galopante e o desemprego também. E como a solução oferecida pelo governo são as privatizações, os libaneses tomaram as ruas. Juntam-se também as provas de que o governo libanês, durante a última agressão israelita, incitou o governo de Ehoud Olmert, a prosseguir a campanha de destruição até à liquidação pura e simples dos resistentes do Hezbollah (e de outros).

Por cá, a conversa é o costume “cuidado que isto é o Hezbollah”. A juntar ao “cuidado, isto é o Hamas”, “cuidado, são os terroristas no Iraque”. Isto não é, senão a resistência do povo do médio-oriente que não se deixa subjugar e que não se vergará, nem pela violência, nem pelo dinheiro.



   

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