17 dezembro 2006

 

A Fatah está à venda!


Quando o Hamas ganhou as eleições Palestinianas em Janeiro, a União Europeia e os Estados Unidos coordenaram um boicote à ajuda internacional, que alimentava o precário Estado Palestiniano. Este bloqueio foi estabelecido sem anúncio público ou decreto assinado. O silêncio prevenia contra a repetição da má fama que mereceram as sanções contra o Iraque nos anos 90. Fez-se um ano sobre o exercício democrático do povo Palestiniano, e a política ocidental produziu a guerra civil pela mão da colaboracionista Fatah.

Se dúvidas persistiam da corrupção da Fatah, os eventos recentes são suficientemente esclarecedores. A polícia da autoridade palestiniana que engrossou com os membros do braço armado da OLP, sofre com as sanções ocidentais não recebendo ordenados há pelo menos oito meses. Mas ao invés de se insurgir aliada ao governo eleito, a Fatah sanciona as agressões dos inimigos da Palestina. Encarada com a imposição pirata de Israel de que o primeiro-ministro, Ismael Haniya, não regressasse à Palestina com fundos de ajuda internacional (ao que parece 35 milhões de dólares, o que nem era muito), responderam declarando guerra ao Hamas. À tentativa de assassinar o primeiro-ministro, seguiram-se combates de rua em que a polícia palestiniana reprimiu violentamente os manifestantes.

Mahmoud Abbas, tão querido em Jerusalém e Washington, exige agora, sem que esse seja o seu mandato, eleições antecipadas. Ao ataque físico e militar contra o Hamas, ele acrescenta o ataque político. Enganaram-se aqueles que celebravam as tréguas firmadas entre Abbas e Olmert, pois foram meramente fictícias. Os Israelitas calaram a artilharia na condição que o séquito de Abbas assuma o papel de assassinos.

A Palestina está sitiada por tanques, aeronaves, armas atómicas e os dinheiros da ajuda internacional. Um Estado só de nome, ou nem de nome, que se alimenta das esmolas da comunidade internacional. Um Estado policial que é cliente daqueles que o querem destruir.

Comments:
Mais um golpe, tudo pela "democracia". A crápula, hipócrita e anti-democrática "comunidade internacional" tenta depor um governo eleito nas urnas port todos os meios possíveis e imagináveis.

Do comportamento da Fatah, e especialmente dos seus dirigentes, empobrece e atrasa décadas a luta palestiniana.
 
ainda mais crápula a fatah é quando sabemos que o hamas se mostrou disponível para constituir governo em coligação.
 
É verdade. Tenho de admitir que já não passava por aqui há uns tempos largos. Os meus sinceros parabéns. Conseguiste fazer-me rir, lol!

Um abraço, feliz Natal e um óptimo Ano Novo com tudo de bom para ti e para os teus.
 
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