13 novembro 2006

 

Do aborto


O PS diz que sim, que está comprometido em acabar com a vergonha nacional que é a actual legislação sobre a interrupção voluntária da gravidez.

Mas Sócrates, para que não restem dúvidas, diz que só se houver mais votos “sim” no referendo do que “não” é que o seu partido aprovará a lei na Assembleia da República. Independentemente do referendo ser vinculativo ou não.

No fundo, Sócrates busca apenas uma base legitimadora das suas decisões. Como se fosse preciso de facto ter o povo do lado dele para tomar decisões.


Se é esse o critério para o aborto, porque não para todas as outras decisões de carácter social e económico que o governo tem tomado e que tanta contestação tem gerado?

Porque não referendar as taxas de internamento nos hospitais?
Ou o Estatuto da Carreira Docente?
Os cortes nas pensões?
O apoio fiscal à banca?
O Orçamento de Estado?
Os Hospitais SA?
Referende-se a vontade de pagar impostos, a escola pública, e porque não também o Governo?

Referende-se isso e muito mais, pois se se referenda assim a vida e dignidade das mulheres, essa minoria maioritária, referende-se também a puta que os pariu a todos!



   

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