05 setembro 2006

 

Afiam-se as facas em Setúbal


Em Setúbal o IGAT acusa a Câmara de comportamento incorrecto pela aposentação compulsiva de funcionários. Este mecanismo terá sido usado de forma a viabilizar uma Câmara exangue de vários mandatos socialistas dos quais destaco os últimos por Mata Cáceres.

Esta acção identifica o carácter o polvo que garante a continuação do status quo em Portugal (não, não estou a citar o Luis Filipe Vieira). A geração partidária de Abril, ou melhor, de Novembro, substituiu os cães de guarda do fascismo por uns mais “democratas”. Quer usando-se legalismos (das finanças ou às votações dentro dos partidos, perseguições judiciais a organizações e pessoas,...), seriedade, profissionalismo e “bom-senso” (media, comentadores,...) ou mesmo o humor (tendencioso do Contra-informação e Inimigo Público na forma de representar a Esquerda). No entanto, continuam a ladrar e a morder conforme lhes mandam e garantindo a ordem “natural” das coisas.

A actuação do IGAT em Setúbal num país pejado de corrupção (alta e pequena, gorda e magra), em que das autarquias há relatos permanentes de luvas, compadrios e favorecimentos é escandalosa. Ainda mais escandalosa quando não se investiga quando o PS estava na Câmara, o qual qualquer anónimo Setubalense pode enumerar alguns do rol de crimes então cometidos. Tal só se explica por ordens superiores para tentar travar o avanço da CDU na margem sul do Tejo (e a Norte do Sado). Quer PS, quer PSD não veêm com bons olhos esta concorrência.

Na imprensa e na televisão, comentários não faltaram a esta situação. Sob a capa de democratas, alguns discípulos dos mandantes apressam-se a condenar, a acirrar os ódios contra os “anti-democratas comunistas” que só não comem criancinhas porque certamente se lhes acabou o alka seltzer. Uma das críticas mais frequentes foi de que teria de haver eleições antecipadas pois nas eleições escolhem-se caras. Mudando a cara teria de haver eleições. Para estes democratas as eleições de governantes tornaram-se em simples concursos de beleza em que se votam caras e personalidades e assinam-se cheques em branco.

No entanto, nem uma palavra para quando os partidos não cumprem as promessas. Alguém faz ideia de quantos políticos, a nível autárquico, nacional ou europeu têm sistematicamente mentido, rompido com promessas feitas e gozado com as nossas caras? Para esses também não teria de haver também eleições?



   

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