30 agosto 2006
Adeus, adeus...
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Tenh'uma lágrima no canto do olho...
Tenh'uma lágrima no canto do olho.
Tenh'uma lágrima no canto do olho...
Tenh'uma lágrima no canto do olho.
(repetir ad nauseum)
Tenh'uma lágrima no canto do olho.
Tenh'uma lágrima no canto do olho...
Tenh'uma lágrima no canto do olho.
(repetir ad nauseum)
Eu lamento a desaparição do Indy, não pelo jornal que é, mas pelo jornal que foi, no princípio e meados da década DE 90. Na verdade, parece-me inegável que apesar do pendor ideológico do jornal ele teve um papel importantíssimo no panorâma da Imprensa portuguesa de então. Era uma nova forma de fazer jornalismo, moderna quando comparada com o jornalismo cinzentão desses dias.
O Independente não só apresentava as histórias que os outros não podiam ou não queriam revelar como o fazia com um estilo literário muito agradável, dos títulos à construção dos textos. Assim de memória lembro este título:
UCALdo entornado
Para além disso tinha um corpo de opinadores de grande qualidade: Constança Cunha e Sá, MEC, VPV e Paulo Portas. (Sim, porque embora de Direita estes tipos sabem todos escrever).
Para além disso, na época, o Indy, juntamente com Mário Soares, era das poucas forças que se batia contra o laranjismo cavaquista, e ajudou em muito a enterrar definitivamente os anos do The Great Portuguese Disaster.
Para que se perceba a dimensão da importância do Indy dou-vos um exemplo pessoal: Os meus avós foram sempre comunistas e quando eu passei a levar o Indy para casa a princípio torciam o nariz. Passado muito pouco tempo já não precisava de o levar, pois o meu avô passou a comprá-lo ele próprio!
Por último e mesmo que o Indy fosse um pasquim como "O Diabo" ou "O Avante" eu lamentaria sempre a sua desaparição. Como ex-jornalista ver desaparecer títulos é algo que sempre me chocou, até porque a pluralidade de pontos de vista só nos enriquece e não o contrário.
Saudações
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O Independente não só apresentava as histórias que os outros não podiam ou não queriam revelar como o fazia com um estilo literário muito agradável, dos títulos à construção dos textos. Assim de memória lembro este título:
UCALdo entornado
Para além disso tinha um corpo de opinadores de grande qualidade: Constança Cunha e Sá, MEC, VPV e Paulo Portas. (Sim, porque embora de Direita estes tipos sabem todos escrever).
Para além disso, na época, o Indy, juntamente com Mário Soares, era das poucas forças que se batia contra o laranjismo cavaquista, e ajudou em muito a enterrar definitivamente os anos do The Great Portuguese Disaster.
Para que se perceba a dimensão da importância do Indy dou-vos um exemplo pessoal: Os meus avós foram sempre comunistas e quando eu passei a levar o Indy para casa a princípio torciam o nariz. Passado muito pouco tempo já não precisava de o levar, pois o meu avô passou a comprá-lo ele próprio!
Por último e mesmo que o Indy fosse um pasquim como "O Diabo" ou "O Avante" eu lamentaria sempre a sua desaparição. Como ex-jornalista ver desaparecer títulos é algo que sempre me chocou, até porque a pluralidade de pontos de vista só nos enriquece e não o contrário.
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