31 julho 2006

 

Os civis


O drama do Libano continua e a contagem dos cadáveres aumenta de dia para dia. Sendo que comparar mortes é sempre questionável, quando as proporções atingem 10 libaneses para 1 israelita e mais de uma centena de palestinianos para nenhum israelita torna-se urgente denunciar a barbárie. Mais dramático se torna se considerarmos que dos mais de 400 cadáveres libaneses a grande grande maioria são civis. Creio que é a isto que os media e alguns políticos (para nossa miséria quase apenas os mais progressistas nesta cúmplice e apática “comunidade” internacional) apelidam a acção de Israel como uso excessivo de força.

Enquanto isto, nos media tambem se compartilha o drama do lado de Israel. Numa reportagem no campo de batalha vemos um soldado israelita que, resignado, indica a sua cama no chão, queixando-se da guerra... Márcia Rodrigues relata ainda que “o exército israelita lanca panfletos a mandar os civis embora, mas uma grande parte da população fica. Apesar da contrariedade, Israel recusa-se a encarar o cenário como apenas um campo de batalha” (perdoem-me uma ou outra imprecisão, mas a reprodução do conteúdo é fiel).

Mas apesar da ordem dos senhores da região, os populares locais parecem não querer obedecer. Não sei se por heroísmo imprudente, se por não terem para onde ir, se simplesmente por qualquer das formas irem ser bombardeados, ou por todas as estruturas, incluindo as estradas, terem sido destruidas. De qualquer das formas, quer eles vão ou fiquem, a impunidade de Israel continua. Sob o argumento de os quererem atirar para o mar, Israel ocupa, bombardeia, destroi, extermina do Libano ao Egipto, da Palestina ao Irão há muitos anos. Há demasiados anos!

Ah, e para quem tenha memória curta, também Israel desrespeita resoluções da ONU, e muitas.

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