05 julho 2006
Aha!!!
Há uns tempos referiu-se aqui um leitor que apontava os vícios dos defensores do nuclear. Estes argumentam que em estados democráticos não se corre o mesmo risco de acidente nuclear como o que levou ao desastre de Chernobyl.
Esta notícia do Público vem demonstrar a fragilidade do argumento, e como também nestas ditas democracias se varre o lixo para debaixo do tapete.
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não faz muitos anos, um desastre de dimensões semelhantes ao de chernobyl~, aconteceu nos EUA. Há bem poucos anos (anos 90 se não estou em erro) um reactor espanhol sofreu um acidente gravíssimo. Ainda hoje, espanha e frança não sabem o que fazer aos resíduos das suas centrais nucleares; Os EUA acabam de baixar a responsabilidade civil das centrais, de forma a possibilitar a viabilidade financeira e económica das centrais, já que nenhuma seguradora aceita apólices para centrais nucleares.
contas interessantes:
um estudo minimamente cuidado levar-nos a verificar q seriam necessárias mais de 50 000 centrais nucleares para substituir a produção termoeléctrica. (sim, porque embora os magnatas portugueses contraponham o nuclear à dependência portuguesa de hidrocarbonetos petrolíferos, na verdade, as centrais nucleares não farão andar carros, apenas produzirão electricidade a ser injectada na rede nacional). por todo o mundo - 50 000 centrais nucleares. Façamos as contas com a probablidade aceite para desastres nucleares (não sei se contabiliza factores geológicos - como meteoritos e terramotos por exemplo). para geradores de primeira geração a probabilidade ronda os 0,0012 acidentes/ano.
Aceitemos de boa vontade que, actualmente, o risco dos reactores de última geração é um terço daquele valor, ou seja, 0.0004 acidentes/ano.
Assumir a substituição da produção termoeléctrica ou outras por nuclear seria aceitar um acidente da dimensão de chernobyl de 20 em 20 anos.
Outro argumento que utilizam é que é energia limpa. esquecem porém que a indústria extractiva do urânio é das actividades mais agressivas à natureza e tem efeitos persistentes impossíveis de contornar. Esquecem porém que ainda ninguém resolveu o que fazer com os resíduos que permanecem radioactivos durante milhares e milhares de anos, impassíveis de qualquer regeneração ou reutilização.
Do ponto de vista económico esta não é tampouco uma boa opção. a não ser para as empresas que vão usufruir da energia e só em casos em que a energia nuclear represente pouca percentagem de energia em rede. Porquê? porque a introdução de energia nuclear em grande escala também influi no preço do dinheiro, obviamente. além disso, a construção de uma central nuclear é impressionantemente cara, o que obriga à entrada de capitais por parte da banca, provocando assim distorções novamente no preço do dinheiro. nada pode indicar que, para o utente, a energia nuclear seria mais barata, pelo contrário.
Muito fica por dizer sobre o nuclear, mas estas ajudam-nos a abordar o problema.
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contas interessantes:
um estudo minimamente cuidado levar-nos a verificar q seriam necessárias mais de 50 000 centrais nucleares para substituir a produção termoeléctrica. (sim, porque embora os magnatas portugueses contraponham o nuclear à dependência portuguesa de hidrocarbonetos petrolíferos, na verdade, as centrais nucleares não farão andar carros, apenas produzirão electricidade a ser injectada na rede nacional). por todo o mundo - 50 000 centrais nucleares. Façamos as contas com a probablidade aceite para desastres nucleares (não sei se contabiliza factores geológicos - como meteoritos e terramotos por exemplo). para geradores de primeira geração a probabilidade ronda os 0,0012 acidentes/ano.
Aceitemos de boa vontade que, actualmente, o risco dos reactores de última geração é um terço daquele valor, ou seja, 0.0004 acidentes/ano.
Assumir a substituição da produção termoeléctrica ou outras por nuclear seria aceitar um acidente da dimensão de chernobyl de 20 em 20 anos.
Outro argumento que utilizam é que é energia limpa. esquecem porém que a indústria extractiva do urânio é das actividades mais agressivas à natureza e tem efeitos persistentes impossíveis de contornar. Esquecem porém que ainda ninguém resolveu o que fazer com os resíduos que permanecem radioactivos durante milhares e milhares de anos, impassíveis de qualquer regeneração ou reutilização.
Do ponto de vista económico esta não é tampouco uma boa opção. a não ser para as empresas que vão usufruir da energia e só em casos em que a energia nuclear represente pouca percentagem de energia em rede. Porquê? porque a introdução de energia nuclear em grande escala também influi no preço do dinheiro, obviamente. além disso, a construção de uma central nuclear é impressionantemente cara, o que obriga à entrada de capitais por parte da banca, provocando assim distorções novamente no preço do dinheiro. nada pode indicar que, para o utente, a energia nuclear seria mais barata, pelo contrário.
Muito fica por dizer sobre o nuclear, mas estas ajudam-nos a abordar o problema.
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