04 junho 2006

 

A sangue frio


Depois das mentiras diárias, das torturas e dos voos clandestinos para prisões subterrâneas, só faltava mesmo o massacre a céu aberto. Também já aconteceu. Foi em Haditha, Iraque, a 19 de Novembro do ano passado. Depois de um ataque às tropas americanas, que matou um marine, um grupo de soldados americanos volta à vila para se vingar nos seus habitantes. Entram por três casas adentro e matam todos. As vítimas foram 24 civis iraquianos, incluindo crianças de 1, 3, 5, 10 e 14 anos e um velhote de 70. A única testemunha é Dafa Younis, de 12 anos, que sobreviveu porque se fingiu de morta. As imagens do dia seguinte são de novos e velhos, muitos em camisas de noite, simplesmente executados.

Dia a dia surgem mais notícias de massacres. Este é só aquele que tem recebido mais atenção, porque é o mais difícil de negar. Mas já se conhece pelo menos mais um. Foi em Ishaqi, em Março deste ano, onde foram mortos a tiro 11 pessoas, incluindo cinco crianças, uma de 6 meses de idade.

Agora vem o General George Casey dizer que o que as tropas precisam é de formação ética! Na catástrofe em que vivemos, assassinos profissionais pagos pelo estado não são criminosos, são pouco éticos! Como se matar inocentes fosse falta de informação filosófica, ou sobre os bons modos de combate.

Citando George W Bush, “We must understand that we’re in a global war against a totalitarian group of people who will kill innocent life, there or here, in order to achieve an objective”. Ele está a falar de quem?!

Comments:
Nós pelo menos sabemos a quem é que o capuz serve...
 
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