09 junho 2006
Pemba, Cabo Delgado
É uma cidade moçambicana numa península que rodeia a baía com o mesmo nome. Capital da província costeira mais a norte, faz fronteira com a Tanzânia. Entre Pemba e o rio Rovuma, abundam mangais, praias paradisíacas intocáveis, ilhas magníficas ocupadas por estranhos projectos privados de eco-turismo. Uma noite pode ascender aos 400 dólares por pessoa.
Mas mesmo em Pemba, junto à não menos afamada praia de Wimbi, há uma meia dúzia de pequenos hotéis e residenciais. Restaurantes são dois. A ementa não varia muito mas com peixe assim a mais não são obrigados.
Tudo à beira mar plantado, claro. Os putos correm na areia, jovens aproveitam para vender colares, candeeiros, pulseiras, esculturas de madeira. “Senhora, senhora! Patrão!” chamam os putos acenando com bugigangas para vender. As mulheres passam com lenha à cabeça e crianças pequenas às cavalitas, os homens com peixes com um cordel atravessado pela boca que levam pela mão.
Mas duas coisas saltam à vista: o guarda armado que se vê à noite para impedir que os “indesejados” entrem num dos restaurantes. A outra são os turistas brancos que se passeando pela praia vão cumprimentando os poucos brancos que lá se banham. E apenas esses.
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