18 junho 2006

 

Opel/GM Azambuja


A fábrica da Opel Azambuja parece condenada caso trabalhadores e governo não cedam à chantagem da empresa. Após o regabofe de anos de subsídios, prepara-se para partir caso governo e trabalhadores não apresentem soluções. Tal levou até Miguel Sousa Tavares a lembrar-se que o capital não tinha pátria. O mais grave é que após os (creio que) 1200 empregos directos e os outros indirectos sacrificados, a sangria não vai ficar por aqui, e chantagem e fuga continuará a ser o pão de cada dia.

No entanto, para além da sacanagem inerente ao capitalismo, há outros a quem apontar dedos. Que dizer dos erros colossais na aplicação de fundos por parte dos sucessivos governos? Da impunidade reinante na utilização dos fundos e nas falências milionárias para alguns? Da falta de estratégia em promover emprego e produção mais qualificada?

Recentemente, os políticos, académicos e outros que tais gostam de apontar o papão da globalização como único causador de todos os males. Seria certamente mais simples se fosse assim, mas não é verdade. Dos muitos culpados que por ai pululam em lugares chave e posições respeitáveis, há um que é presidente da república e anda a promover roteiros da inclusão. A isto chamo falta de vergonha.



   

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