17 junho 2006

 

Enquanto está tudo distraído com a copa…


Em vez de sete tiros na cabeça foi um no peito, mas de resto a história dos dois irmãos, Mohammed Abdul Kahar e Abul Koyair, é muito semelhante à do brasileiro Jean Charles de Menezes. Um contingente de 250 homens cerca o bairro de Forest Gate às 4 da manhã de 2 de Junho, entra pela casa de uma família de origem Bangladesh, e dispara contra um dos irmãos. Qual foi o crime? Serem de origem asiática e terem barbas compridas.

No imediato do acontecimento, a polícia disse que tinha dado ordem aos dois irmãos para se renderem – mentira, nenhum aviso foi dado. A polícia disse que foi alguém da casa que disparou contra Mohammed – mentira, foi um dos oficiais que deu o tiro. A polícia disse que a família estava associada a grupos terroristas que preparavam um ataque – mentira, depois de uma semana de rusgas na casa, não foram encontradas as armas químicas que “informações específicas” tinham indicado estar lá.

Ao fim de uma semana de interrogatórios (e sei lá que tipo de intimidações) os dois irmãos foram libertados, sem qualquer acusação. Agora, resta-lhes o medo do crime que sofreram e uma casa toda revirada e escavacada. Quanto ao polícia que liderou o crime (este e o assassinato de Jean Charles de Menezes) foi homenageado pela rainha e feito Commander of the British Empire.

Porquê que 250 polícias atacam uma moradia onde vive uma família? Será apenas um erro humano? Será incompetência? Será medo do que possa acontecer? Nada disso. Isto só pode ser entendido como uma tentativa de criar a ilusão de que o estado britânico protege os seus cidadãos contra o “terrorismo” (quando estão completamente à nora), mas sobretudo, como uma política de terror sobre aqueles que mais radicalmente se opõem às agressões imperialistas no médio oriente.

Comments:
Isso! Estão mais preocupados em praticar o terrorismo do que em o combaterem!
 
Isto também levanta questões sobre o totalitarismo das "democracias" ocidentais.

É-se preso, raptado, torturado, atingido e morto, tudo em nome da nação.
 
Isto também levanta questões sobre o totalitarismo das "democracias" ocidentais.

É-se preso, raptado, torturado, atingido e morto, tudo em nome da nação.
 
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