15 maio 2006
Quem sufoca quem?
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O Primeiro Mundo, que descobre a ecologia com 30 anos de atraso, quer também legislar sobre as economias emergentes do longínquo Oriente. Numa contradição característica do capitalismo, os ricos fomentam o crescimento do Oriente porque recebem retornos milionários aos seus investimentos, mas querem igualmente, conter a promoção destas economias a superpotências que ponham em causa a hegemonia geo-económica do Norte. São muitos os que se queixam que a China em cada cinco dias constrói uma central eléctrica de 1GW – creio que o equivalente à termoeléctrica de Sines. Hipocritamente, grita-se alerta! ao “perigo” que o crescimento económico chines representa para o planeta. Nesta denúncia falta sentido de proporção e de história. Ainda que a China cresça a um ritmo sem precedentes, o consumo de carbono per capita fica abaixo de uma tonelada, contra três toneladas por cada europeu e cinco toneladas por cada norte-americano. O CO2 que na atmosfera nos vai servindo de estufa é um fenomeno acumulado de centenas de anos. Recentemente foram publicadas estimativas sobre os valores de CO2 conducentes a um aumento de temperatura do globo em dois graus centígrados, que terá efeitos climáticos quase catastróficos. O mesmo estudo notava que metade desse CO2 já está na atmosfera expelido pelas chaminés do Norte e das suas revoluções industriais. Isso sim é caso para alarme!
Comments:
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já há muita empresa ocidental a fazer dinheiro à custa da requalificação ambiental da China, ligada ou não aos mecanismos do protocolo de quioto.
é mais uma galinha dos ovos de ouro...
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é mais uma galinha dos ovos de ouro...
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