14 maio 2006
O Estado
O António Contra-Reforma Agrária Barreto seria normalmente "censurado" num post do Bitoque. Desta vez, tem direito a um bocadinho de tempo de antena sobre a relação dos privados com o Estado (Público, 14 de maio):
"Os privados querem que o Estado apoie, pague as infra-estruturas, subsidie a criação de emprego, ajude as exportações e, sobretudo, assuma os riscos de modo a deixar para eles os lucros (...). Habituaram-se a isto há muitos anos. Com o Estado Novo... [c]om os partidos da direita (...) [e] com o único partido de esquerda que consegue governar, tantas vezes fascinado pelo dinheiro dos ricos, pelos investimentos das multinacionais e pleos projectos dos privados, desde que tudo isso tenha vantagens políticas, melhore a imagem do partido e do governo, pareça bom para Portugal e deixe, no caminho, umas migalhas para os seus dirigentes, uns cargos em empresas públicas, uns favores nas privadas, umas representações em firmas internacionais..."
Isto relembra também histórias passadas de falências nos fundos de pensões e seguros nos EUA e Reino Unido, em que a factura foi paga pelo "ineficiente" e "incapaz" Estado (menos para pagar, é claro). Também agora sobre a AFINSA (selos) já há quem fale de indemnizações pelo Estado Espanhol.
Dizem tanto mal dele, mas não conseguem viver sem ele...
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a história repete-se no sector científico: muita gente reclama pelo capital de risco a investir pelo Estado em empresas de ponta, sendo esta a forma de combater o desemprego científico, e esquecem que o próprio Estado emprega encapotadamente sob o estatuto de bolseiros centenas se não milhares de pessoas.
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