20 maio 2006

 

Capitalismo monopsonista


O século da grande expansão do capitalismo, o 20, foi apelidado de monopolista. O capital imperialista circulava em fluxo simples, provindo do centro industrial na América do Norte e na Europa dirigia-se para o sul para forçar povos a participar nos seus mercados e para explorar as mais-valias do seu trabalho.

A ver, a lógica de circulação do capital imperialista está a mudar. O centro do imperialismo já não é produtor, é consumidor. A unidade da economia mundial é mantida pela despesa do gigante Americano. As economias do mundo dependentes desta procura externa. O crescimento económico na Europa e no Japão tem hoje como motor e limite a procura dos EUA, e em contrapartida, os primeiros investem os seus excedentes a forjar coligações entre as corporações do Velho e do Novo Mundo. O terceiro mundo aprisionado pela elevada divida externa, obtém dos consumidores americanos as divisas com que paga os juros da sua dívida externa, que em perpetuidade se mantém.

Mas o campeão entre os devedores é os EUA. As mais valias de todo mundo afluem para a América do Norte não em busca da produção americana, mas pela euforia de jogar no casino de Wall Street. Os privados e públicos Americanos endividam-se para continuar a orgia consumista. Imprimem mais dólares, mantém-se uma taxa de juro alta, liberalizam-se mercados de capitais para que estes afluam prontamente para Nova Iorque, assim efectivar a grande aliança das burguesias. Até quando?



   

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