05 abril 2006
Mi casa ist nicht dein Zuhause

Não faltava então aplicar o conceito de Europa fortaleza aos pais, vão ser igualmente os filhos a pagar pelo barco. Exames de aptidão no alemão serão obrigatórios na Baviera para alunos candidatos a iniciar o seu percurso escolar. Caso falhem nestes testes, serão retidos um ano em cursos de alemão. Caso falhem no final destes cursos, serão obrigados a frequentar aulas especiais. O próprio conceito de escola parece assim receber uns parênteses extra.
Muitas das crianças estrangeiras na Alemanha têem o seu primeiro contacto com a língua na escola. Os pais falam o suficiente para exercerem a sua actividade, mas no meio familiar a língua de origem é privilegiada. Os amigos nativos normalmente são poucos, consequências de alguma "guetização" que se pratica, e o espaço linguístico aí mesmo é cortado. São poucas as crianças que ao entrar na escola se apresentam ao mesmo nível das alemãs, e a aplicação dos cursos extraordinários será mais do que rotineiro. A pergunta fica, que integração promove esta regra?
Os primeiros verdadeiros contactos com o pais de acolhimento que poderiam ter, deixarão de existir. Colocam-se as crianças de lado num caixote: turcos, gregos, italianos (e mesmo portugueses)... desincentiva-se a aprendizagem ou a aplicação da língua fora do ambito curricular. A própria motivação que a criança poderá ter é uma dúvida, já que o único conteúdo é a lingua, e creio haver poucas provas que tal exclusividade fomente uma boa formação...
Fica no entanto um problema resolvido, as crianças alemãs vão ter mais espaço nas salas de aula...
|
|
![]() |
|
![]() |
|
![]() |