31 março 2006

 

O "grito de liberdade"


A 10 de Fevereiro um pasquim execrável fazia 30 anos. Esse pasquim, o Diabo, demonstrou ao longo dos anos o pior de uma direita pestilenta. Trago-vos um excerto de uma notíca no DN na altura, polvilhada de uma história sobrevalorizada e mal contada. Desculpem-me o atraso.

"Aniversário: 'O Diabo' completa 30 anos de 'combate ao sistema'
Um grito de liberdade desde o primeiro momento em que ganhou forma às mãos de Vera Lagoa, precisamente a 10 de Fevereiro de 1976. Uma publicação de combate que se recusa a ser conotada com o sistema vigente. No dia em que completa 30 anos, o jornal O Diabo garante serem muitos os que o enxovalham, poucos os que realmente o conhecem.

«É o preço a pagar por quem insiste em fazer jornalismo interventivo, fora do circuito fechado que impede a comunicação social de se renovar», afirma João Naia, chefe de uma redacção composta por ele e mais duas jornalistas, que conta ainda com «várias colaborações de colegas» do meio. Ainda assim, sublinha, «fazemos questão de não alinhar pelo politicamente correcto. Somos um jornal de combate.»

A história d´O Diabo começa a 10 de Fevereiro de 1976, em Lisboa, pela mão da jornalista Vera Lagoa, conhecida pelas manifestações do 1º de Dezembro «que chegava a ter mais de 100 mil pessoas a descer a Avenida da Liberdade». E assumiu-se logo como uma voz «contra a corrente do PREC», até que o julgamento e retirada do título à fundadora ditaram o fim. Provisório. A 16 de Janeiro de 77 Lagoa rumou ao Porto e retomou os trabalhos d´O Diabo. Para ele escreveram Natália Correia e Fernanda Leitão, o cartoonista Cid integrou a equipa. «Mal ou bem, não temos 30 anos à toa», conclui o responsável."

Pois não.

Comments:
existe em portugal um estranho sentimento de enaltecimento das coisas, apenas pq elas são resilentes. não pq têm - em si mesmas - valor, apenas porque persistem. O valor cultuado é o da sobrevivência não o do mérito. Porque assim é, não sei. talvez pq não se espere que alguém faça algo de relevante, mas q apenas exista.

o que fez este jornal, que contributo teve? O Indy pelo menos pode dizer que esteve na frente do combate contra o cavaquismo, o Diário, que travou guerra semelhante, do lado oposto da barreira. mas o diabo? que marca deixou/deixa um pasquim de meia dúzia de páginas enfeudadas aos interesses instituídos?
 
ainda por cima utilizou abusivamente o título de um jornal antigo e de esquerda...
 
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