23 fevereiro 2006

 

O crescimento e o crédito


Já se sabia que os portugueses deixaram de ser poupadinhos no início dos anos 90. Do país da UE com maior taxa de poupança há 15 anos atrás, baseámos o suposto "crescimento económico" e a almejada "convergência com os 15" dos anos 90 no recurso ao crédito. E a bolha vai rebentando, devagarinho. Os dados não mentem, os salários reais estão a cair há 10 anos, o poder de compra a ir-se, e o consumo não pára. Quem se lixa são os carros...Passámos também de um dos parques automóveis mais antigos da UE para um dos mais modernos numa dúzia de anos. Afinal somos ricos, não sabiam? É só passar o cartão dourado...

Comments:
Não esquecer a alteração na estratégia dos bancos: face à falta de pagamento das prestações do crédito à habitação, em vez de ficarem com a casa, passaram a negociar o pagamento das prestações.

é que as casas já eram tantas...
 
mystique, essa estrategia e' mesmo para impedir que a bolha rebente, assim vao estalando bolhinhas mas nao ha catastrofe. mas com tantas segundas e terceiras hipotecas, o que acontece ao fim da idade activa, quando vier a reforma, e nao se puder mais pagar?
 
concordo, cabral. interessa sugar o tutano mas de forma sustentável... não vão eles ficar sem o dito!
 
"mas com tantas segundas e terceiras hipotecas, o que acontece ao fim da idade activa, quando vier a reforma, e nao se puder mais pagar"

Ai entra a "solidariedade" dos filhos, como eles agora chamam...
 
Ja me esquecia dessa, assim podem adiar o problema por mais uma geracao. A bola de neve crescendo, crescendo...
 
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