20 fevereiro 2006
Esse estranho Hollywood
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Neste ano mostro pouca resistência à gripe dos Óscares, ou genericamente aos resfriados dos prémios da indústria cinematográfica. É uma febre moderada que origina numa lista de filmes com uma infecção social. Não são genericamente filmes de agitação política, são mais vezes morais e moralistas, mas não se escondem das temáticas da nossa crise social. Em quase todos ainda conseguimos comer pipocas porque não pretendem grande coragem cinematográfica (Brokeback até nisso supera a concorrência), mas são filmes sem heróis e sem vilões, histórias humanas de agora. Crash visita a solidão e violência da vida moderna, com as suas muralhas de betão e metal, preconceito e racismo com que nas nossas cidades se separam as classes. Munich questiona com intimidade as certezas morais do estado israelita. Good Night and Good Luck ao historiar o fim do terror de Joe McCarthy, é um aviso sobre os recentes atentados à liberdade de expressão nos EUA, e ao dualizar do discurso político. São estes os filmes nomeados para os Óscares!
E quem apresenta os prémios de Hollywood este ano? Jon Stewart!? Alguém tem paracetamol? A febre agrava-se…
Comments:
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O mundo e' tal que ja nem Hollywood, nem os Oscares lhe pode ficar indiferente. Nao e' de facto todos os anos que vemos 4 bons filmes nomeados. Como o outro dizia, a TV e os filmes nao podem ser so para entreter, tem que informar. E estes filmes informam e ate vao mais longe: 'a sua maneira timida vao condenando. Esqueceste-te de um, o Constant Gardener, que embora nao sendo americano tambem faz parte desse estranho Hollywood.
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